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Enviada em: 14/02/2018

Apropriação cultural é a pratica de adoção de elementos específicos de uma cultura, por um grupo cultural diferente. Nesse contexto, o termo supracitado tem sido visto como algo banal atualmente, porém, não se deve esquecer que a sociedade brasileira contemporânea é formada de apropriações culturais, científicas e fenotípicas, desde o descobrimento do Brasil, em 1500, como também, não dar o devido valor aos símbolos e objetos de identidade de um determinado povo, é esquecer suas lutas e histórias vividas ao longo do tempo.    No Brasil, nada é puro, tudo é fruto de miscigenações. Tal afirmativa remete a um país formado, principalmente, por indígenas, portugueses e afrodescendentes, e cada cultura e gene, está no DNA de cada brasileiro, todos são mestiços. Dessa forma, coibir o uso de objetos de determinada cultura à outros de diferentes, é algo radical e até contraditório às origens de cada indivíduo brasileiro.    Contudo, tais símbolos e acessórios usados de forma errada, gera o não reconhecimento da real história desse povo. Segundo o poeta negro, B. Easy - a cultura negra é popular, as pessoas negras não são - . Nesse sentido muita das vezes, se vê pessoas usando turbantes ou cabelos com dreads, símbolos da cultura afrodescendentes, onde viram objetos de consumo ou "modinhas" pela indústria cultural, e são esquecidos os valores reais, a história por trás. Por exemplo, o turbante é símbolo de resistência da religião umbanda - religião afrodescendente - , que só foi permitida em 1930 no Brasil.    O combate às indústrias culturais que objetificam as marcas culturais e históricas de um povo deve ser efetivo, denunciando e proibindo o comércio dos mesmos. A sociedade deve respeitar, aceitar e tolerar diferentes raças, povos, religiões e etnias, estudando mais a história de cada grupo, pois a cultura existe para aproximar e não para separar os povos.