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Enviada em: 21/03/2018

Com o atual avanço da tecnologia comunicativa e a eclosão da globalização, ocorre uma facilidade na interação dos diversos aspectos culturais no mundo. Entretanto, no momento em que alguns elementos culturais específicos passam a ser adotados por outros grupos culturais diferentes, é caracterizada a apropriação cultural. Nesse contexto, fica evidente que a apropriação de uma cultura é um fator que induz à imposição de valores na sociedade, e, consequentemente, marginaliza indivíduos que não compõem o padrão dominante.   Do ponto de vista do filósofo italiano Antonio Gramsi, os grupos socialmente dominantes impoem seus valores e crenças sobre os outros à fim de buscar uma hegemonia da coletividade. Isso é visto similarmente no processo de apropriação cultural, uma vez que a cultura não-dominante ganha status de exótica e é reproduzida em um contexto lucrativo, como por exemplo, na indústria da moda.    Dessa forma, o uso da cultura de outro grupo, mesmo que de forma inconsciente, tendencia a inferiorização desse. Como consequência, símbolos culturais que remetem um histórico de luta e resistência, por exemplo, são banalizados e perdem sua notoriedade e significado diante do mundo.    Conclui-se portanto, que a apropriação cultural deve ser combatida. O Ministério da Educação como difundidor de conhecimento, com o apoio do Governo Federal, deve incentivar a promoção de disciplinas escolares obrigatórias que abordem o estudo e aprofundamento sobre as diversas culturas e seu passado histórico, assim como o respeito à elas e à diversidade. Desse modo, será possível assegurar a identidade dos povos e conservar suas conquistas que influenciam os modos de vida dos grupos atuais.