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Enviada em: 01/04/2018
O Carnaval, um dos maiores símbolos da cultura brasileira, tem suas raízes em uma festa de origem portuguesa, chamada de entrudo, mas ao longo dos anos recebeu a influência de outras etnias, através do samba, por exemplo. Desse modo, percebe-se que a construção da cultura nacional ocorre através do sincretismo de manifestações culturas de todos os grupos que formam o Brasil. Portanto, a discussão acerca da apropriação cultural deve basear-se na importância da troca e assimilação de elementos culturais como uma forma de garantir sua sobrevivência no decorrer das gerações. Vale mencionar que a língua portuguesa, bem como as línguas francesa e espanhola, derivam do latim, considerada hoje uma língua morta. Porém, o estudo da etimologia das palavras, muitas vezes, remete a sua origem latina, ou seja, ainda que, disseminadas para fora de seus grupo de origem, as manifestações culturais permanecem atreladas a sua fonte, mesmo com a assimilação de novos significados e usos. Ademais, ainda no contexto do Carnaval, que em sua forma de festa popular, foi reprimido pelos colonizadores, a repressão diante da ressignificação de elementos culturais não deve ser encorajada, uma vez que, dessa forma, desperdiça-se a oportunidade de compartilhar os significados históricos de certos elementos bem como também de permitir sua adesão por outros indivíduos. Portanto, o Ministério da Educação, por meio do envio de verbas para as instituições de ensino, deve financiar feiras culturais nos espaços escolares, a fim de engajar os alunos, desde o ensino fundamental até o ensino médio, através de atividades desenvolvidas pelo corpo estudantil, como a elaboração de apresentações sobre os diversos componentes que compõem a vasta gama de elementos que constituem o acervo cultural brasileiro, podendo ainda, incluir o envolvimento dos familiares e da comunidade, em geral, para que assim o esclarecimento da população possa mitigar as práticas de preconceito e crimes de ódio diante da diversidade brasileira.