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Enviada em: 05/04/2018

O poder da representatividade                                             No cotidiano brasileiro, o vitimismo por parte de alguns, que se dizem representantes de alguma cultura e o pré-conceito idealizado visualmente por parte de leigos acerca de um determinado contexto sociocultural são dois lados que vão de desencontro com a ideia da globalização, que seria de compreender o diferente para aproximar. Nesse contexto, a sociedade se apropria da cultura do que lhe é diferente, não representa a sua ou tenta ser politicamente correta?               Em primeiro lugar, o uso de determinado acessório, que representa outra cultura ou símbolo por parte de alguém que a desconhece, coloca em discussão os parâmetros para o uso desse. Por exemplo: o turbante, acessório que não possui origem exata, mas que era usado no Oriente e na África para representar tribo e/ou posição social, nos dias recentes é acessível para qualquer pessoa, todavia, algumas pessoas que usam esse como símbolo de sua cultura, julga o uso como indevido, alegando desrespeito a cultura. Por consequência, gera uma desavença entre quem acredita ser representante e os que possuem apreço pelo acessório em si.         Em segundo lugar, a forma com que o assunto repercute na mídia não favorece uma discussão plausível ao ponto de se chegar em um consenso entre a maioria, exemplo disso foi a capa da famosa revista francesa "Elle", distribuída em mais de 60 países,  onde o cantor Pharrel Willians, negro, aparece com um cocar - símbolo indígena - , na cabeça e recebeu diversas críticas pelo seu uso, ainda que o mesmo tenha ligação familiar com a cultura indígena, segundo ele após receber as críticas e se desculpar. Por conseguinte, a resposta para as dúvidas é de que a maioria dos críticos, fomentam a individualidade cultural, inviabilizando a globalização cultural.         Nesse contexto, é necessário que o Governo, através do Ministério da Cultura, viabilize gincanas interativas nas escolas, no intuito de promover o crescimento cultural das crianças, visto que o Brasil é um país miscigenado e diversificado entre as culturas que o compõem, para que no futuro essas não deem continuidade apenas em criticar, mas em reconhecer e respeitar. Ainda que o assunto seja de nível mundial, é de suma importância que o país faça sua parte para melhorar o todo, para isso a mídia pode, com seu poder de persuasão, introduzir mais o índio e o negro em suas programações, a fim de que a sociedade respeite e procure conhecer mais sobre as culturas e não apenas criticar e segregar mais ainda