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Enviada em: 17/04/2018

Embora a definição do que é ser “homem” ou “mulher” tenha surgido a partir de uma divisão biológica, hoje em dia, muitas pessoas acabam não se identificando com essa naturalização. À vista disso, surge a população LGBT, na qual muitas pessoas, por terem uma orientação sexual diferente da considerada “tradicional”, são excluídas, discriminadas e violentadas em diversos âmbitos como no mercado de trabalho e nas instituições educacionais.  Em primeiro lugar, vale ressaltar que a escola é um ambiente em que há extrema violência relacionada à desigualdade de gênero. Prova disso são os dados publicados pela Pesquisa Nacional Sobre o Ambiente Educacional no Brasil, em 2016, nos quais afirmam que 73% dos jovens LGBTs sofrem agressão verbal correspondente à orientação sexual na escola. Logo, essa intolerância está aumentando devido à instituição não incentivar os docentes a incluírem discussões de gênero no planejamento escolar. Além disso, a divisão de grupos, filas de “meninos” e “meninas”, faz com que muitos não se adequem a esses estereótipos, ficando, dessa forma, vulneráveis e deixando de frequentar o ambiente educacional.   É fundamental destacar ainda que o preconceito existente e a baixa escolaridade são responsáveis pela grande parte dos travestis e transexuais não conseguirem oportunidade no mercado de trabalho. Por consequência disso, são designados, por várias empresas, como seres incapazes de praticar qualquer atividade formal e por isso, na maioria das vezes, realizam trabalho informal e/ou atuam na prostituição.   É evidente, portanto, que a desigualdade de gênero deve ser combatida. Para isso, é necessário que as escolas, juntamente com ONGs, contribuam com debates, conversas, teatros e projetos voltados para a temática de gênero, mostrando as várias formas de identidade e orientação sexual. Some-se a isso a inclusão dos temas relacionados aos gêneros nos planejamentos anuais dos professores, a fim de criar alunos mais equipados para lidar com o mundo permeado de diferenças.