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Enviada em: 03/05/2018

O desafio de lidar com a diversidade de gênero, no Brasil, advém de um desconhecimento generalizado da população acerca desse assunto. Nesse viés, a marginalização dos grupos de minoria é cada vez maior: em um país com cerca de 6 milhões de mulheres a mais do que homens, estes preenchem 74% dos postos de trabalho, enquanto a figura feminina compõe cerca de 60%, segundo o IBGE. Isso está ligado às raízes patriarcais da sociedade e a intolerância social sobre a diversidade de gênero,  práticas que  denotam um dos grandes estigmas brasileiros.                                                             É notório que, a construção da sociedade durante o tempo foi pautada em  indivíduos que  engendraram padrões patriarcais de vida. Desse modo, a mulher, por exemplo, sempre foi vista como submissa ao homem, tendo que obedecer às ordens masculinas. Contudo, na metade do século XX, com o início dos movimentos feministas, esses paradigmas foram superados e ,atualmente, apesar de ainda existir segregação feminina,a mulher veem conquistando cada vez mais espaço num local que era majoritariamente masculino.                                                                                                                           Há de se saber, ainda, que apesar dos novos padrões na distinção de gênero serem mais presentes na sociedade, ainda existem indivíduos que não aceitam essa mudança. Assim, esses valem-se de violência física e verbal para impor seu pensamento , além de definirem padrões culturais: meninos não podem realizar atividades que são exclusivamente femininas, como "Ballet", por exemplo, ou mulheres não podem jogar futebol  na infância porque isso as deixaria com trejeitos masculinos. Nessa perspectiva, as crianças crescem sobre rótulos impostos pela sociedade, se tornando adultos infelizes e tendo que manter uma vida totalmente diferente da qual eles  imaginavam. Isso ocorre com grupos LGBT, por exemplo, que são duramente reprimidos pela família na infância e  quando pensam em se expressar acabam reprimidos pela mentalidade arcaica da sociedade. Sob essa conjuntura, filmes como "Hoje eu não quero voltar sozinho", "O Beijo no asfalto" denotam,de maneira nua e crua, as dificuldades de identificação e inserção de homossexuais na sociedade.                                                        Convém, portanto, que os pais, em parceria com as escolas, discutam por meio de palestras realizadas em espaços públicos  as relações de poder e hierarquia entre os sexos, explicitando que um grupo não é melhor que outro, desse modo, coibem-se as práticas discriminatórias que começam na infancia. Ademais, ao Estado, em parceria com a mídia, cabe transferir impostos para realização de propagandas acerca da diversidade de genero existente no país, veiculando-as em cartazes nos transportes públicos, horário nobre na tv e até no rádio, assim, formaremos uma sociedade menos intolerante.