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Enviada em: 14/07/2018

Por um futuro mais diverso      Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, em sua obra "Em busca da Política", nenhuma nação que esquece a arte de questionar pode esperar encontrar respostas para as adversidades que a afligem. Nessa perspectiva, para modificar o atual cenário da resistência na aceitação dos diversos gêneros existentes na população brasileira, coletividade e Poder Público devem levantar questionamentos visando o enfrentamento da desinformação da população sobre as questões de gênero.         Ainda fazendo uso da sociologia baumaniana, a rapidez dos dias atuais prejudica o amplo debate sobre a violência e discriminação consequência do conceito binário de gênero. Segundo o Grupo Gay da Bahia a cada 25 horas uma pessoa LGBT morre no Brasil vítima da desinformação da população, princípio de toda violência. Essa ideologia que divide todos os seres humanos em masculinos e femininos de acordo com o sexo biológico perpetua a violência contra grupos que levantam bandeiras contrárias, como os LGBT. Nesse sentido, a sociedade, inclusive os núcleos familiares devem, apesar da "falta de tempo", levantar de forma eficiente as questões sobre a diversidade de gênero como meio de educar, não só os adultos, mas também as crianças, construtoras do futuro da nação.          Outra face desse problema, fomentado pela velocidade do cotidiano pós-moderno está no insuficiente apoio da sociedade na implementação da "Educação de gênero" como matéria nas instituições de ensino brasileiras. A Educação de Gênero consiste na discussão, desde as séries iniciais, das consequências, como a submissão da mulher, formação de potenciais homens machistas e agressores e violência contra grupos não heterossexuais, da perpetuação do estigma rígido feminino e masculino, não condizente com a fluidez da pós-modernidade. Assim, a sociedade civil deve ser melhor mobilizada como meio de apoiar a efetiva formação de um futuro educado pelo respeito à diversidade.                 Urge, portanto, que medidas sejam tomadas com vistas a educar toda a sociedade em prol do respeito à diversidade de gênero brasileiro. Para tanto, as emissoras de televisão aberta,principal meio de formação ideológica das famílias brasileiras, devem, de forma conjunta, abordar com mais frequência as questões sobre a diversidade de gênero, suas raízes e seus dilemas. Ademais, os institutos acadêmicos das ciências humanas devem promover campanhas educacionais mensais nas ruas e redes sociais, fomentando a adesão da população na implantação de um eficiente meio de mudança da violenta realidade contra a pluralidade da nação, a matéria Educação de Gênero nas instituições de ensino brasileiras. Deste modo, o futuro brasileiro será baseado no respeito ao diverso.