Materiais:
Enviada em: 23/07/2018

Um belo exemplo para o mundo         No limiar do Século XXI, a questão da diversidade de gênero no Brasil ainda precisa ser discutida. É imprescindível que a sociedade conscientize-se, respeitando as escolhas daqueles que optam por determinada orientação sexual ou identidade de gênero. Afinal, de acordo com o artigo três da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a DUDH, da qual o Brasil é signatário, todo indivíduo tem direito a liberdade.         De fato, ainda que a sociedade brasileira tenha conquistado muitos direitos, os discursos intolerantes são a causa de muitos problemas sociais. A exclusão e a violência do público LGBTi é uma delas. Segundo dados divulgados pelo Jornal Folha de São Paulo, o Brasil encontra-se no topo do ranking dos países que mais assassinam pessoas transgêneras. Isso comprova o quão ameaçador são os padrões sociais. O que mais assusta é a crueldade nos homicídios dessas pessoas, que geralmente são mortas brutalmente: queimadas ou esfaqueadas.Sendo assim, é imperativo combater essa discriminação, compreendendo que padrões sociais não devem ser impostos, uma vez que a questão do gênero é social, e não biológica.         Por conseguinte, a Escola deve ser vista como fundamental nesse processo. Entretanto, sentem dificuldade de orientar e debater a sexualidade,ou até mesmo evitam esse tipo de debate com a falsa crença de que essa discussão pode manipular crianças e adolescentes, sobretudo aquelas Escolas que dependem de investimentos públicos. Porém, a educação é uma das fortes aliadas na redução de Bullying nesses ambientes, e, a longo prazo, pode diminuir as taxas de suicídio desse grupo social, que, sem apoio, muitas vezes também da família, acaba por optar por esse caminho sem volta. É triste as estatísticas que demonstram as alta porcentagem de suicídios  relacionados a comunidade homossexual, em comparação a grupos heterossexuais.          Urge, portanto, que medidas sejam tomadas com vistas a enfrentar essa problemática. Para tanto, ONGs e associações em defesa da população LGBTi devem pressionar o Estado, que com aporte financeiro da União tem que investir em Delegacias especializadas em crimes de LGBTfobia, para que esse grupo possa se sentir amparado tanto juridicamente, quanto emocionalmente. Ademais, o Ministério da Educação, o MEC, deve tornar obrigatória a discussão de gênero nas escolas, efetivando-a como integrante da matriz curricular escolar, garantindo a missão da Escola de fomentar o respeito as identidades, através de seu papel abarcativo e socializante. Seguindo esses passos, o Brasil caminhará em passos largos no sentido de tornar-se um belo exemplo para o mundo.