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Enviada em: 14/08/2018

Segundo o filósofo Aristóteles, a base da sociedade é a justiça. Sob esse viés, a realidade no Brasil não reflete totalmente tal pressuposto, haja vista que os indivíduos pertencentes a gêneros "anormais" são, por vezes, vítimas de discriminação. Destarte, convém ressaltar não só o papel da família, mas também os  efeitos desse contexto.       Em primeira análise, é válido destacar a formação educacional familiar. De acordo com  Constituição Cidadã de 1988, todos possuem o direito à liberdade de expressão; todavia, muitas crianças são educadas a agir e pensar obedecendo-se  um padrão predeterminado. Isso se evidencia até mesmo nos brinquedos que os pais compram para os seus filhos, tais quais fogões de plástico e bonecas, os quais são considerados "de menina". Tal fato, tristemente, contribui com a permanência de estereótipos, uma vez que, assim, é ensinado a comportar-se de acordo com o sexo biológico.       Por conseguinte, atitudes discriminatórias para com diferentes gêneros sexuais continuam a persistir. Conforme dados colhidos pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), quase 90% dos entrevistados demonstraram possuir algum tipo de preconceito em relação à orientação sexual. Além disso, segundo o jornal O Globo, apenas em 2016 mais de 200 pessoas foram assassinadas por serem homossexuais. Percebe-se, a partir desses exemplos, que esse quadro repugnante põe em risco outro direito garantido pela legislação brasileira: a vida.       Fica evidente, portanto, que esse cenário  urge por mudanças. Então, o Governo deve, através  de subsídios doados pela Receita Federal, elaborar um projeto que atenue esse impasse. Nesse programa, os impostos serão utilizados para contratar profissionais formados em Estudos de Gêneros e Diversidade nas escolas públicas, onde aqueles ministrarão palestras aos pais, alunos e demais membros da sociedade sobre as diferentes opções sexuais. Espera-se com essa medida, reduzir os preconceitos e garantir os benefícios constitucionais dos gays, lésbicas, transexuais e afins. Desse modo, pode-se tornar real o ideal justo, proposto por Aristóteles.