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Enviada em: 03/09/2018

Embora a definição do que é ser "homem" ou "mulher" tenha surgido a partir de uma divisão biológica,  muitos indivíduos, hoje em dia, não se adequam a essa naturalização. Desse modo, surge a população LGBT, a qual pessoas, por terem uma orientação sexual diferente da "tradicional", acabam sendo discriminadas, excluídas e violentadas em diversos âmbitos, como nas escolas e no mercado de trabalho.     É importante pontuar, de início, que a escola é um ambiente em que há uma enorme violência relacionada à desigualdade de gênero. Prova disso são os dados publicados pela Pesquisa Nacional Sobre o Ambiente Educacional no Brasil, em 2016, afirmarem que 73% dos jovens LGBTs sofrem agressão verbal correspondente a sua orientação sexual. Logo, essa intolerância cresce, demasiadamente, devido a escola, instituição socializadora, não incentivar os docentes a colocar em seu planejamento acadêmico temas relacionados a diversidade de gênero. Além disso, outro fator que contribui para essa problemática é a divisão de grupo, filas de "meninos" e "meninas", o que faz com que muitos não se ajustem a esses estereótipos, ficando, dessa forma, vulneráveis, deixando de frequentar o ambiente escolar, e as vezes até praticar o suicídio.     É fundamental destacar, ainda, que, por demonstrarem de modo mais claro a sua homossexualidade, as travestis e transexuais são os que sofrem mais com o preconceito, principalmente no mercado de trabalho. Destarte, muitas são vistas como seres incapazes de realizar qualquer atividade formal e, por isso, são excluídas, sobrando, como única alternativa de se manter, a prostituição.   É necessário, portanto, que as escolas, juntamente com ONGs, contribuam no compartilhamento de informações, por meio de palestras, panfletos e debates entre alunos e corpo docente, mostrando as várias formas de identidade e orientação sexual, e as dificuldades que a população LGBT vem enfrentando, para que aprendam a respeitar e viver em um mundo permeado de diferenças