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Enviada em: 24/10/2018

Segundo o sociólogo Émile Durkheim, fato social é tudo aquilo que é exterior, geral e coercitivo, e afirma que aqueles que o infringem sofrem com a opressão da sociedade. Nesse sentido,  a questão de gênero é uma evidente manifestação de um fato social, e infelizmente, sofre uma repressão violenta da sociedade. Logo, para garantir a diversidade de gênero sem discriminação, é preciso desconstruir esse fato social e dar espaço ao debate da diversidade.       Em primeira analise, é preciso salientar que a coerção dos gêneros binários inicia na infância, onde, geralmente, meninas ganham bonecas, e homens ganham carrinhos. Por consequência, constrói-se na mente dos jovens a ideia de que só existem os dois gêneros, e assim, caso ele não se encaixe em um deles, ele se torna um individuo solitário ou infeliz. Dessa forma, é inaceitável que os pais continuem a perpetuar unicamente a construção binária, e não dar espaço a pluralidade de gêneros.       Por outro lado, a escola, local que deve lutar pela abundância de ideias, não a faz, pois privilegia apenas o estudo do sexo biológico, em detrimento da orientação sexual e da identidade de gênero. Ademais, uma pesquisa da Comissão de Direitos Humanos do Senado mostrou que mais de 73% dos jovens LGBTs já sofreram bullying, e 37% deles já sofreram violência física na escola. Desse modo, a escola ainda falha em acolher e discutir pluralidade de gênero, e assim, permite que ações de de descriminação e agressão aconteça.        Entende-se, portanto, que a dificuldade da adoção diversidade de gênero é fruto da coerção social e falta de espaços de debate. A fim de atenuar essa adversidade, o Governo Federal, mediante o Ministério da Educação deve fomentar a discussão da multiplicidade de gêneros, por meio da criação de palestras em escolas e faculdades, desconstruindo a binaridade do conhecimento popular, e dando espaço de discussão aos jovens. Por conseguinte, espera-se que haja um maior respeito sobre as diversidades de generos no Brasil.