Materiais:
Enviada em: 25/04/2017

Para o político Clement Attle, a democracia não é apenas a lei da maioria, mas a lei da maioria respeitando o direito das minorias. Todavia, tal ideologia não é plenamente contemplada no Brasil, visto que, embora a Constituição assegure a condição de equidade, o poder público negligência as questões de gênero. Isso se evidência não só pela ausência de políticas educacionais a fim de defender o debate do assunto nas escolas, mas também pela inexistência de uma lei que criminalize a homofobia.      Na sociedade pós-moderna, a cultura heteronormativa perdura. Por conseguinte, há grande resistência dos partidos conservadores à implementação da discussão de gênero nos planos da educação. Em contrapartida, não raro, atos homofóbicos e machistas são repercutidos no dia a dia e seus corolários, banalizados. Destarte, as crianças desenvolvem-se em um ambiente pejorativo que preza o patriarcalismo e a discriminação.      Ademais, de acordo com o portal de notícias G1, o Brasil apresenta o maior índice de violência contra homossexuais e travestis do mundo. Diante desse dado alarmante, torna-se indubitável a necessidade da elaboração e aprovação de um projeto de lei voltado especificamente para o combate à homofobia. Com isso, será viável um julgamento mais eficiente, visto que, a lei atentar-se-á as motivações preconceituosas de atos brutais.      Segundo o filósofo William James, o ser humano pode alterar sua vida mudando sua atitude mental. Logo, com o fito de concretizar esse pensamento e mitigar as dicotomias, bom seria se as escolas com o apoio das comunidades tomassem a iniciativa, baseando-se nos autos da Constituição que preveem a igualdade de gênero e de orientação sexual, e organizassem palestras sobre o feminismo e a comunidade LGBT. Outrossim, visando agilizar a aprovação da lei contra a homofobia, a sociedade poderia unir-se em protestos nas ruas e nas redes sociais em prol da diversidade e do exercício da alteridade.