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Enviada em: 28/04/2017

O regime totalitário nazista foi responsável pelo extermínio de milhões de pessoas, dentre elas judeus, negros, deficientes físicos e até homossexuais, justificado pela afirmação de superioridade da raça ariana. No século XXI, ainda que não haja uma perseguição equivalente, existe uma intolerância à diversidade de gêneros no Brasil. A vista disso, por envolver uma questão muito além da orientação sexual e atingir milhões de brasileiros, é importante garantir essa liberdade de escolha e suprimir o preconceito materializado em violência.        Segundo o filósofo John Hawls, cada um possui uma inviolabilidade fundamentada na justiça que nem mesmo o bem-estar da sociedade pode ignorar. Nesse sentido, as agressões mediadas por pessoas que alegam se sentir ofendidas ao verem uma manifestação de gênero diferente da tradicional não são justificáveis e devem ser reprimidas. Dessa forma, além de garantir a punição adequada desses indivíduos, é preciso haver uma mudança da mentalidade social.      Para isso, investir em educação é fundamental. Isso porque, de acordo com Nelson Mandela, ela é a arma mais poderosa para mudar a realidade de um país. Além disso, também é possível utilizá-la para combater tanto a superioridade autodeterminada de certos gêneros em relação a outros, como é observado pelos altos índices de violência contra mulheres e trangêneros, quanto os estereótipos de gêneros pré-formados na sociedade que estimulam mais preconceito. Esses últimos podem ser observados ainda durante a infância, quando são impostas regras especificas para meninas e meninos de como se comportar e o que vestir.      Fica claro, portanto, a necessidade de se preservar o direito de escolha de gênero dos brasileiros a parir da participação conjunta entre o Estado e os setores sociais. Assim, o Ministério da Justiça deve promover punições exemplares a agressores de forma a desestimular reincidências desse crime. Somado a isso, a mídia pode atuar por meio da ficção engajada, isto é, introduzir a temática dos diversos tipos de gênero em novelas e filmes de modo a chamar a atenção para a violência envolvida e promover a conscientização social. Por fim, é importante que a família atue tanto na educação de jovens de modo a torná-los mais tolerantes às diferenças, quanto à não instituição de estereótipos que possam estimular o preconceito, como o uso da cor azul apenas por meninos, por exemplo. Só assim garantiremos que atrocidades como o holocausto de judeus e homossexuais permaneçam apenas nos livros de história.