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Enviada em: 02/05/2017

Respeito é bom e todos gostam    Gênero está ligado à forma como a sociedade cria os diferentes papeis sociais e comportamentais relacionados aos homens e mulheres, esses padrões segundo a ciência social e a psicologia, são mutáveis, podendo ser construídos e desconstruídos de acordo com o momento. Isto significa dizer que a questão de gênero têm uma ligação direta com a forma como estão organizadas na sociedade os valores, desejos e comportamentos acerca da sexualidade. Devido a grande diversidade atual de gênero, que são aproximadamente 56 tipos classificatórios, muitos debates a respeito do tema vêm ocorrendo no Brasil no meio acadêmico, midiático e legislativo.    A ideia de que gênero está além da classificação biológica vem desde 1940 quando a filósofa francesa Simone de Beauvoir afirmou que ninguém nasce mulher, mas torna-se mulher, a partir daí muitos filósofos seguiram essa linha de pensamento, inclusive Judith Butler. Para ela gênero vai além de classificar homens e mulheres de acordo com as genitálias que se nasce, gênero é exterior ao individuo e não é algo inato a ele, ou seja, não nasce com a pessoa e sim se constrói no decorrer dos anos, sendo assim é variável de ser para ser, por consequência disso existe uma grande diversidade de gêneros. Em muitos países ainda existem discriminações em relação aos gêneros taxados como anormais, no caso dos transexuais, por exemplo.   No Brasil não é diferente, grande parte da população é formada por conservadores – pessoas que se opõem a padrões fora do considerado normal - e esses muitas vezes não aceitam o diferente e se acham no direito de julgar e até mesmo de violentar o próximo, como vem fazendo os fanáticos religiosos. O preconceito já se começa na escola, por exemplo, a Defensoria Pública de São Paulo recebe várias denúncias de discriminações nas escolas, sendo as principais delas: a recusa de utilização do nome social, o desrespeito à identidade de gênero de travestis e transexuais.   Portanto, fica claro que o Brasil tem muito a caminhar nessa luta de combate a discriminação de gêneros. Dessa forma, o preconceito poderia ser amenizado, com a criação e implantação de políticas públicas realizadas pelos governos federais juntamente com a União, capazes de garantir o reconhecimento e o respeito dos direitos da diversidade de gênero, através da criação de campanhas de conscientização em meios midiáticos, além de promover o debate sobre o tema em escolas, visto que essas são as instituições base que formam os futuros cidadãos brasileiros. Afinal, é como diz Cazuza “Viva a diversidade”.