Materiais:
Enviada em: 01/07/2017

Não é difícil lembrar de notícias sobre violência física e verbal praticadas contra membros da comunidade LGBTT. Essa realidade tornou-se frequente nos dias de hoje, visto que vivemos em uma sociedade em que a sexualidade ainda é vista como um tabu e o diferente é tido como anormal.          Um dos tópicos que devem ser abordados é a falta de diálogo sobre a educação sexual. Embora, a mídia esteja constantemente incitando a sexualidade, seja em novelas ou propagandas, o assunto não faz parte no cotidiano brasileiro. Isso se deve principalmente pelo fato da maioria dos indivíduos acreditarem que ao abordar o tema, com jovens e crianças, estarão promovendo a prática. Essa visão é, indubitavelmente, retrógrada, pois o diálogo tem como objetivo proporcionar ao jovem o conhecimento sobre o seu corpo, bem como, seus direitos. Mais importante que o auto conhecimento é desenvolver a consciência de respeito ao próximo, logo a maneira como é  apresentado assunto, pelos pais e escola, é essencial para construção social do indivíduo.     Ademais, não há dúvidas que o problema seja agravado pelo preconceito ao desconhecido. Uma cena que chocou o país no ano de 2016, foi um vídeo que circulou, na internet, em que jovens agrediram uma travesti até a morte. Apesar da maioria da população acreditar que tal vídeo tratava-se de uma cena isolada, esse pensamento foi desmistificado por dados que indicam o Brasil como a nação que mais mata travestis e transsexuais. Essa realidade é propiciada principalmente pela falta de segurança dessa parcela da população, que vive à margem da sociedade. Muitas vezes, sem conseguir alcançar uma colocação no mercado de trabalho se vem obrigados a vender o seu corpo para sobreviver.            Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Em primeiro lugar, o assunto sexualidade deve deixar de ser um tabu; o Ministério da Educação deve criar um projeto em que sejam realizados nas escola, de todo o país, palestras sobre educação sexual, abordando assuntos como , por exemplo, o respeito a identidade de gênero e orientação sexual. Dando continuidade, o Legislativo deve criar uma lei em que indivíduos que realizem discursos de ódio contra a comunidade LGBTT sejam multados, e o valor arrecado seja destinado a ONG's que desenvolvem atividades com esse público. E por fim, o Ministério do Trabalho juntamente com o governo devem promover incentivos fiscais a empresas que contratem travestis e transsexuais. Só assim a diversidade de gêneros no Brasil será encarada com naturalidade.