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Enviada em: 08/07/2017

Com o surgimento da vida em sociedade, estabeleceram-se incontáveis "padrões" sociais, nos quais casa ser humano deveria se encaixar. Aqueles que ficavam de fora eram rebeldes, pecadores, aberrações, que deveriam ser punidos. Exemplo disso são as tribos em que, aqueles que nascessem com genitália indefinida, eram mutilados, ou até mesmo sacrificados.        Em relação ao gênero, a sociedade primitiva estabeleceu que existiriam apenas dois, homem e mulher. Ocorre que nem todos se encaixam nesses padrões, e aí é que surge o conflito. Durante a antiguidade, os homens interpretavam papéis de mulheres no teatro, e essa liberdade era aceita, pois a atuação era arte. Todavia, quando essa atitude era assumida na vida real, não havia tanta aceitação assim.       Em decorrência dos padrões sociais, da cultura, e da religião cada vez mais dominante, passaram-se séculos sem que o assunto fosse honestamente discutido. Apenas nas últimas décadas é que o tema entrou em pauta. Desta vez, com um ânimo de aceitação e compreensão.       Recentemente, um canadense conseguiu registrar seu bebê civilmente, sem constar no documento qual o gênero da criança. Segundo ele, tal ato permitirá à criança, desde a mais tenra idade, escolher com qual gênero ela se identifica. Este é um grande passo na evolução das liberdades.       A popularização dos estudos sobre o gênero com crianças e adultos é essencial para a diminuição do preconceito e da violência. E mais, este é o caminho para o estabelecimento de uma sociedade mais livre, onde cada indivíduo tenha liberdade de optar por um gênero, ou por nenhum deles.       No Brasil, grande parte da sociedade ainda associa o gênero à orientação sexual, embora haja o esforço da comunidade LGBT+ em esclarecer as diferenças. Todavia, é dever do Estado, escolas, empresas, mídia e famílias, informar os brasileiros e demonstrar que a identidade de gênero é uma liberdade individual que deve ser respeitada. A educação não deve mais sofrer restrições de antigos dogmas e preconceitos, mas sim evoluir, conforme a vida humana se transforma e se liberta.