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Enviada em: 30/07/2017

Antes de tudo humano       Nos últimos anos o Brasil tem apresentado diversos avanços no respeito e reconhecimento à identidade de gênero, dado o direito ao nome social em documentos como o CPF e a garantia de direito ao acesso ao banheiro conforme as pessoas se identificam. Porém, apesar disso, a população transexual e travesti ainda sofre grande preconceito, dificuldade de ingresso no mercado de trabalho e marginalização social. Fatos que deixam claro que, infelizmente, a sociedade brasileira não respeita a diversidade de gênero.         Os não cis-gêneros são rejeitados em diversos momentos, como pelos pais na adolescência e fase de descobrimento, nas ruas e lugares públicos. A violência e intolerância brasileira que persegue as minorias políticas, infelizmente, parece ser ainda mais forte com as travestis e transexuais. Fato esse comprovado pelas pesquisas do grupo Gay da Bahia, que comprovaram que a diversidade dessa população no Brasil é a que mais morre no mundo. Colocados em risco muita das vezes bem jovens, quando são expulsos de casa pelos responsáveis que foram criados sobre uma estrutura heteronormativa e patriarcal os LGBTTS são colocados em condições precárias nas ruas.          Dessa forma, tendo sua educação prejudicada, com diversos traumas os trans, intersex e não binários sentem dificuldade para participar da sociedade como as pessoas cis participam. Procurar na política, escolas, empresas públicas e privadas, universidades e shoppings e encontrar travestis e transexuais é um exercício que pode ser mais difícil do que se imagina antes de fazer. Motivados pelo grande preconceito na sociedade brasileira as pessoas que rompem as barreiras de se reconhecer diferente do gênero biológico têm grande dificuldade para entrar no mercado de trabalho, seja pela falta de estudos, falta de assistência dos familiares ou falta de oportunidades dos recrutadores do mercado.       Logo, compreende-se que a diversidade de gênero ainda sofre grandes dificuldades no Brasil. Para combater essa problemática cabe ao Ministério da Saúde entender essa questão como de saúde pública e por meio de vídeos especiais para cada setor explicar dos direitos, diferenças e a cultura dos não cis para escolas, hospitais, delegacias e órgãos públicos, com o apoio dos outros ministérios como o da Educação e da Justiça para divulgação. Concomitantemente, como a Lei do Jovem Aprendiz que garante conta mínima para jovens de 14 a 24 anos que funciona no Rio de Janeiro, o Congresso Nacional deve aprovar leis de inclusão das travestis e dos transexuais nas empresas públicas e privadas, além de garantir projetos que visem dar educação para essa população. E assim diante dessas medidas, garantir a participação social de quem antes de tudo é humano.