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Enviada em: 25/08/2017

O conceito clássico de família se tornou motivo de discussão no Brasil a partir do momento em que a estrutura da família patriarcal deixou de ser a única existente. Na sociedade pós-moderna, devido às diversas classificações em que um indivíduo tem liberdade para encaixar sua sexualidade quando assumida houve, por exemplo, o desejo de se compor uma família entre os homossexuais.Por esse e outros motivos, a liberdade dada pela sociedade para a expressão da sexualidade dos LGBTs é falsa e resulta em preconceito, violência e exclusão, sendo desprovidos de desfrutar de seus direitos como cidadãos.  Apesar do discurso de aceitação da sociedade brasileira, a prática da população reflete o extremo oposto: Segundo a ONG transgender Europe, o Brasil é o primeiro colocado no ranking de violência contra transgêneros, o que evidencia a dificuldade dos LGBTs em receber segurança, tida como um direito constitucional. Assim como o direito à segurança, o direito à vida não lhes é assegurado, pois a mesma pesquisa demonstra que o Brasil também lidera o ranking de maior número de mortes de transgêneros. Apesar dos altos índices de violência  e mortalidade, atos de preconceito contra LGBTs não são criminalizados no Brasil, o que auxilia na manutenção desse cenário.  Além da violência, o preconceito contra LGBTs também resulta na exclusão social. Em uma pesquisa realizada pela empresa de seleção e recrutamento Elancer, quase 40% das empresas brasileiras não contratariam um LGBT para um cargo de chefia, ao passo que 7% não contratariam de forma alguma. Segundo a Associação Nacional de Transgêneros e Transexuais (ANTRA), tal fato é o ponto nevrálgico da recorrência dessa população à prostituição como meio de trabalho, ou seja, a falta de opção é o motivo pelo qual assumem um trabalho em que estão expostos a criminalidade, violência, drogas e DSTs.  Por conseguinte, é evidente a necessidade de mudança da situação social que leva à violência e à exclusão de indivíduos LGBTs criando e colocando em práticas medidas de resultado imediato e outras de longo prazo. Para tanto, instituições educacionais devem inserir a diversidade de gêneros como tema de aula e debate desde a educação básica a fim de gerar cidadãos conscientes de seus atos em relação ao outro e à sociedade, além de incentivar a aceitação social, pois como foi dito por Pitágoras: "Eduquem as crianças e não será necessário castigar os homens". Porém, a curto prazo, a punição é válida: uma lei criminalizando o preconceito contra LGBTs deve ser imposta pelo poder legislativo, que dependerá do serviço policial e do poder judiciário para ser cumprida.