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Enviada em: 23/08/2017

É de conhecimento geral que a desigualdade entre gêneros é um dos maiores abismos que separam a sociedade contemporânea da igualdade. Diariamente, milhões de brasileiros são desrespeitados e possuem os seus direitos negados, consequência do preconceito e do sexismo enraizados no meio social. Vale ressaltar que não são somente as mulheres que sofrem com isso, mas homossexuais e transexuais também. Nesse contexto, é necessário debater sobre os problemas relacionados a esses crimes, visto que ferem as garantias civis dos cidadãos.   Em primeiro plano, é válido considerar o quanto o sexismo afeta a vida das mulheres no meio social. De fato, o sexo feminino convive todos os dias com a falta de oportunidades, o preconceito e o desrespeito para com seus direitos. A melhor hipótese para explicar esse fato é, segundo a socióloga Sylvia Walby, que a herança patriarcal, transmitida pelas gerações, alimenta o pensamento primitivo de que os homens são superiores às mulheres. Conforme dados publicados pela revista VEJA, o Brasil é um dos poucos países no mundo onde a diferença salarial entre os sexos chega a ser maior que 50% em cargos executivos. Ademais, apenas 63% das brasileiras estão empregadas, enquanto 82% dos homens trabalham.   Também é preciso dizer que, além das mulheres, os homossexuais e os transexuais são vítimas do preconceito. Com efeito, basta ligar a televisão nos canais de notícia ou navegar nas redes sociais para ver reportagens sobre agressões a esses grupos ou comentários homofóbicos e cheios de ódio. A verdade é que a sociedade brasileira aparenta considerar que a homofobia não é crime. De acordo com dados da Rede TransBrasil e do Grupo Gay da Bahia, o Brasil é o país que mais mata participantes do grupo LGBT no mundo, sendo 144 mortes somente no ano de 2016, fato que evidencia a violência e a intolerância.   É incontestável, portanto, que a equidade entre gêneros é uma necessidade que não pode ser deixada de lado. Sendo assim, é preciso que o governo torne a diferença salarial para mesmos cargos um crime grave, pois, dessa forma, as desigualdades no mercado de trabalho serão reduzidas. É necessário, também, que a mídia, juntamente com os indivíduos da sociedade, crie campanhas de conscientização sobre a igualdade e atue, principalmente, nas escolas. Dessa forma, os jovens serão educados a respeitar a diversidade. Por fim, é imprescindível que os grupos sociais compartilhem, por meio da internet, propagandas que incentivem a denúncia de qualquer ato contra os direitos civis dos cidadãos.