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Enviada em: 01/09/2017

Biologicamente,o ser humano nasce possuidor de determinados características que o enquadra como pertencente ao sexo masculino ou feminino.Todavia,o empirismo humano revela que há outras classificações que fogem de semelhante dualidade,nas quais refletem distintas representações de gênero e de orientação sexual.Dessa forma,é preciso discutir a diversidade de gênero e sua respectiva validez na sociedade brasileira.   De início,é importante pontuar que o gênero não define orientação sexual.Esta diz respeito à atração que um indivíduo sente por outro,ao passo que aquela representa a maneira segundo a qual uma pessoa se vê como gênero.Nessa perspectiva,há cidadãos que não se encaixam na definição binária homem-mulher e,por isso,são acometidos pelo preconceito e exclusão.Prova disso,são os transgêneros que sofrem dificuldades no mercado de trabalho,as quais perpassam da discriminação à insipidez social.   Ainda é importante pontuar o quão a questão de gênero é intrínseca à reflexão do feminismo.Segundo a filósofa,Simone de Beauvoir,não se nasce mulher,torna-se mulher.Ao afirmar isso,há uma contestação do determinismo biológico,o qual inferioriza o sexo feminino e fricciona os impasses sociais entre os gêneros.Dessa maneira,não se pode condicionar classificações entre masculino e feminino com base em condutas pré-fixadas ou em normas sociais arcaicas,que oprimem as características pessoais de cada indivíduo.   Dessarte,a pluralidade de gênero no Brasil quebra barreiras biologicamente hegemônicas e revela a singularidade de cada cidadão.Cabe ao Estado,junto ao Ministério da Ciência e Tecnologia,investir em pesquisas que expliquem a evolução da multiplicidade de classificações de gênero,a fim de fomentar compreensão à sociedade dessa realidade,evitando,desse modo,a segregação e o preconceito.Por fim,a Igreja e as escolas têm de estimular as crianças a interagirem juntas,sem haver distinções ou atividades seccionadas pelo sexo biológico.Acompanhado disso,essas instituições devem conscientizar os pais na criação dos respectivos filhos quanto à diversidade de gênero,para que se rompam os impedimentos sociais e o preconceito massificado.