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Enviada em: 28/08/2017

Preconceituosa, intolerante e injusta, essas são algumas expressões que demonstram o comportamento da sociedade brasileira em relação à questão de identidade de gênero. Frente a isso, muito se tem discutido sobre o caso da diversidade de gênero no país. Havendo aqueles que culpam o estado pela persistência de conflitos em relação a esse assunto, e outros que atribuem a culpa à cultura brasileira de coação dessas minorias. Em uma análise mais aprofundada da situação, pode -se denotar que a postura intolerante da sociedade é o fator principal do problema e, portanto, deve ser combatido.    Adiante, há quem entenda que o estado não fornece estrutura para lidar com essa questão e que, por isso, a discriminação contra esse grupo vigora no Brasil. Entretanto, há de se considerar que a raiz do problema está na formação cultural da sociedade brasileira, que principalmente em decorrência do processo de colonização está fundamentada em ideologias católicas, que sustentam um comportamento hostil às diferentes concepções de gênero.   Ademais, vale destacar que esse comportamento de estamentação social, assim como descrito pelo sociólogo Webber, cria um preocupante paradigma na sociedade brasileira, visto que, gera um sentimento de grupo que estimula a aversão ao "diferente". Em virtude desse processo, surgem atos aversivos, assim como, observados nos ataques contra grupos LGBTs em São Paulo e no Rio de Janeiro, uma vez que, a sociedade não reconhece os integrantes desse grupo como semelhantes.  Torna-se evidente portanto, que o preconceito vigente no Brasil é um mal que deve ser combatido. Cabendo ao poder judiciário alterar a lei que prevê punição contra crimes de intolerância contra os diferentes gêneros, tornando a punição mais rígida, minimizando desse modo, a ocorrência de tais crimes. Concebe ao ministério da educação, implementar nas escolas programas de debates sobre a identidade de gênero nas aulas de sociologia e filosofia, combatendo assim, concepções preconceituosas que podem ser formadas durante a adolescência. Além disso, cabe ao poder executivo, criar delegacias especializadas em combater crimes de discriminação de gênero ou de sexualidade, fitando combater essas práticas hediondas. Somente através dessas práticas será possível garantir a essas minorias os direitos à liberdade e à segurança previstos na Constituição.