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Enviada em: 05/09/2017

Ao analisar a evolução da sociedade, é visto que há resquícios do passado nos dias de hoje. O tribunal da Santa Inquisição, imposto pela Igreja no século XV, condenava pessoas que possuíam comportamento diferente ao seu sexo biológico, as quais eram vítimas de violência e crueldade. Essa intolerância ainda perpetua-se nas relações sociais, dado que, a cada dia, pelo menos um transgênero é morto no Brasil.          O preconceito contra a diversidade de gênero é uma realidade no nosso cotidiano. Noventa por cento de travestis e transgêneros prostituem-se para sobreviver, pois a maioria dessas pessoas são rejeitadas nas entrevistas de emprego por possuírem uma orientação sexual diferente do padrão. Além disso, mais da metade da população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e travestis) já passou por problemas psicológicos ocasionados pela opressão de familiares ou conhecidos e, em alguns casos, levou esses indivíduos a cometerem suicídio.             É importante ressaltar que a falta de conhecimento sobre o assunto faz com que a discriminação seja ainda maior. Muitos brasileiros prendem-se a doutrinas, crenças ou ideologias que classificam as pessoas sobre o que é ser homem ou mulher, mostrando com clareza que os padrões impostos no passado ainda estão impregnados na sociedade atual.              Diante disso, é imprescindível que o Judiciário reforce as leis que criminalizam práticas de intolerância contra as diferenças de gênero, deixando-as mais rígidas e intransigentes. Cabe, ainda, ao Executivo garantir a efetivação de políticas públicas que certificam o reconhecimento e respeito aos direitos dos transgêneros. Por parte da sociedade, junto às escolas, é fundamental promover debates que ensinem as diferenças entre os gêneros, passando valores, como respeito e tolerância, para futuras gerações. Assim, o Brasil será um país mais justo e igualitário.