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Enviada em: 02/10/2017

É visível a real pluralidade de gêneros no mundo contemporâneo. Porém, esse cenário não é algo inédito. Durante toda história da humanidade, diversas foram as expressões de identidade e orientação sexuais. E o modo como debatemos essa temática, começou ganhar forma durante século XIX, época essa em que o pensamento heteronormativo era sustentado pelo fundamentalismo religioso. Séculos mais tarde, a população LGBT ainda sofre com os efeitos dessa postura radical, sendo o Brasil recordista em casos de preconceito e a intolerância contra essa comunidade.  Primordialmente, é valido apontar a falta de informação como a principal causa de casos de homofobia. Além disso, também dão subterfúgio a esse panorama, os deficitários sistemas educacional e judiciário. Sob a ótica do filósofo Rousseau, o indivíduo nasce bom, mas a sociedade o corrompe. Partindo dessa ideia, locais onde não há conhecimento a cerca da questão de gênero, geram indivíduos mais preconceituosos. Alan Turing, um matemático e filosofo inglês, foi de fundamental importância no desenvolvimento da computação durante a segunda guerra mundial, pelo simples fato de ser gay, Turing, foi processado, condenado punido e seus grandes feitos foram ignorados.   No contemporâneo, as diversas expressões relativas ao gênero não são consideradas uma patologia, tampouco uma condição antinatural. Sendo essa uma das temáticas mais debatidas ainda no século XXI. A comunidade LGBT deixou de ser mera estatística e passou a ser classificada como uma categoria política, tal como o indígena, e as feministas. Embora a igualdade social seja um direito civil, ela não é amplamente contemplada pelos homossexuais em seu cotidiano. Essa afirmação se ratifica diante da posição do Brasil como líder em homicídios contra esse público. Além disso, a falta de representatividade é um avanço a ser alcançado, pois, mesmo na arte que serve de trincheira contra o ódio, os desafios são grandes. Torna-se evidente, portanto, o descaso frente à diversidade de gênero em território nacional, e as reais falhas nas medidas protetivas dessa minoria. É imprescindível o trabalho conjunto do Ministério da Educação com escolas, incluindo o debate sobre gêneros a fim de informar e expandir a criticidade dos jovens, evitando futuros problemas de intolerância. Ademais, cabe as esferas legislativa e judiciaria a criação de leis de proteção aos LGBTs e punir aqueles que não respeitarem o legitimo direito à liberdade de expressar sua condição sexual, respectivamente. Para que assim, um assunto tão antigo não seja o impedimento para a felicidade do cidadão brasileiro.