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Enviada em: 04/10/2017

A desigualdade entre homens e mulheres é um dos maiores abismos que separam a sociedade contemporânea da igualdade. O estigma do sexo frágil, a diferença salarial, o ideal da dona de casa exemplar e, o machismo a que são submetidas, fazem parte do cotidiano de muitas mulheres. Vale ressaltar que a comunidade LGBT também é marginalizada por causa dos estereótipos impostos para manutenção da desigualdade. Esse cenário impossibilita que o famoso trecho do artigo 5º da Constituição seja uma situação real, portanto, precisa ser analisado.   De acordo com o IBGE, o Brasil é o país com maior índice de diferença salarial entre homens e mulheres no mundo. Isso ocorre devido a maior parte da população brasileira idealizar o homem como ser ágil e forte, desprezando a imagem da mulher como inferioridade. Dessa forma, perpetua o discurso machista no cenário brasileiro.   Além disso, convém salientar que segundo o grupo Gay da Bahia, a nação brasileira é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo, em razão do preconceito que permeia esses indivíduos. Como resultado, pessoas são duramente humilhadas, espancadas e, em casos extremos, são mortas, vítimas da discriminação por não se encaixarem no padrão normativo proposto pela maioria.  Dessa forma, portanto, podemos ver que, como Simone de Beauvoir acreditava, apenas com a cooperação entre homens e mulheres, no sentido biológico dos termos, pode-se redefinir os papéis dos gêneros. Como grande formadora de opiniões, é papel da mídia difundir o movimento e atuar em parceria com ONGs em campanhas pela igualdade. Além disso, cabe à escola, com o auxílio da família, combater o sexismo ainda em seu começo, estimulando o respeito mútuo entre as crianças. Por fim, é papel do Estado, por meio de incentivos à indústria e parceria com os meios de comunicação, reforçar que “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações” na forma da nossa Constituição. Ações assim, fará do Brasil um país mais empático.