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Enviada em: 10/10/2017

O regime totalitário nazista, durante a 2ª Guerra Mundial, promoveu a tortura e o extermínio, de raças consideradas inferiores, incluindo também os homossexuais. De maneira semelhante, no Brasil hodierno, a discriminação a esse grupo é reafirmada, devido ao preconceito, à exclusão social e à vio-lência física e psicológica. Nesse contexto, é evidente que a construção da diversidade de gênero do país apresenta dificuldade em assimilar a comunidade LGBT como parte integrante da sociedade. Des-sa maneira, é substancial uma mudança de postura social e governamental.       Convém analisar que, de acordo com o sociólogo Émille Durkheim, há uma consciência coletiva que determina a ação de cada indivíduo. Por esse pressuposto, a ideia conservadora de gêneros fixos e o pouco espaço que os homossexuais possuem na política ou em posições de destaque em novelas e filmes influenciam na consciência individual de estranhamento e exclusão. Com isso, piadas discriminatórias, agressões verbais e a violência física são inseridos no cotidiano dessa minoria. Por outro aspecto, muitas pessoas, que convivem e respeitam as diversas orientações sexuais, adquirem uma postura de repulsão quando seus filhos ou irmãos assumem outro tipo de gênero. Como prova dis- so, o assassinato do jovem Itarbelly Lozano, pela sua própria mãe, demonstra que o preconceito está enraizado na sociedade brasileira.       Outrossim, é válido ressaltar que as medidas governamentais são viáveis, porém, não são suficien- tes para efetivar a diversidade de gênero no país. Análogo a dinâmica das reações químicas - em que substâncias são capazes de inibir a formação de produtos - a ausência de fiscalização, a morosidade judicial e a falta de mecanismos informativos à população inibem os meios de inserção social, como a criminalização da homofobia e o reconhecimento judicial da união homoafetiva. Como exemplo, segundo a revista Galileu, o Brasil é o país que mais mata LGBT's no mundo. Logo, é evidente a urgência em garantir a segurança e o bem estar desse grupo.        Fica claro, portanto, que o histórico preconceito, em alusão ao regime totalitário nazista, precisa ser desconstruído. Para isso, a legislação brasileira precisa estar associada à estratégias práticas, com o fito de definir uma consciência coletiva de aceitação à diversidade de gênero. Assim, o Governo Federal. por intermédio da criação de delegacias especializadas no combate aos crimes homofóbicos, deve agilizar os processos investigativos e  enrijecer a fiscalização e incentivar a denúncia. Paralelamente, esse órgão, em parceria com as mídias televisas e com o Ministério da Educação, deve articular palestras e debates nas escolas, assim como deve veicular campanhas informativas às novelas, que são de fácil e abrangente acesso para a população.