Enviada em: 24/10/2017

Tratamos os conceitos de orientação sexual, identidade de gênero e sexo biológico, como três dimensões semelhantes, o que é incorreto. Não esta  claro para o brasileiro que parceiro sexual refere-se do relacionamento físico entre duas pessoas, porém quando falamos em gênero referimo-nos a maneira como o indivíduo identifica-se na sociedade, podendo ser homem, mulher, bissexual ou transexual, por exemplo. Contudo, a ignorância, a falta de informação e o preconceito levam a discriminação daqueles que fazem escolhas diferentes do heterossexual.  Embora um número crescente de pessoas opte por um gênero diferente do seu sexo biológico, o preconceito em seu entorno, fruto de centenas de anos de ignorância e falta de informação ainda segrega a sociedade. As  famílias despreparadas para acolher um membro com escolhas distintas, a moralidade excessiva estimulada pela necessidade de controle das instituições religiosas e do governo, torna-o vítima de um ambiente que fomenta a intolerância.  Assim, o indivíduo que escolhe um gênero diferente da sua fisiologia enfrenta dificuldades de inserção social. Na escola, acaba constantemente exposto e julgado. A família desinformada trata-o com displicência e algumas vezes com violência. As instituições religiosas não o acolhem, pois sua austeridade só permite o usual. O governo não garante seus direitos e não pune transgressões, tornando o desrespeito corrente. Temos portanto, um cidadão a margem da sociedade forçado continuamente a alterar uma opção que é estritamente pessoal e deve ser respeitada.   Logo, o governo deve promover ações de informação voltadas ao estudante e sua família para clarificar que a escolha de gênero não muda o caráter da pessoa, reforçando sobretudo que todos devem ser igualmente respeitados. E, afim de punir adequadamente atos de hostilidade é necessário a criação de leis específicas para cada tipo de contravenção relacionadas a diversidade de gêneros ou orientação sexual para que os agressores sejam corretamente penitenciados.