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Enviada em: 25/10/2017

No contexto social vigente, observa-se que há no Brasil uma grande diversidade de gêneros. Nesse parâmetro, nota-se que há grandes equívocos entre identidade de gênero e orientação sexual, sendo o primeiro o gênero que o indivíduo se identifica e o segundo mostra para que lado sua sexualidade está orientada. Ressalta-se, que devido a falta de informação e a sociedade brasileira ter como base o machismo e o patriarcalismo, a mesma ainda enxerga o assunto como tabu, portanto é mister que coloque-se em prática a discussão sobre a temática.      É necessário pontuar, de início, a desinformação como um dos principais alicerces que estrutura o conflito de opiniões. Segundo a filósofa Judith Butler, o gênero é uma construção social, ou seja, é um ato intencional construído ao longo dos anos. Diante disso, deve-se salientar portanto, que o mesmo não deve ser visto como um atributo fixo, mas como uma variável fluída. Dessa forma, é preciso tratar os papéis feminino-masculino não como categorias fixas, mas constantemente mutáveis e buscar desconstruir todo tipo de identidade de gênero que oprime as características pessoais de cada um. Dessa maneira, é imprescindível que a sociedade brasileira conscientize-se que não há o "direito" de discriminar alguém pelo  simples fato de ter determinada identidade de gênero.      Concomitante a isso, o machismo e o patriarcado ao qual o corpo social brasileiro está alicerçado também são de imensa relevância. Evidencia-se isso, em manifestações discriminatórias no cotidiano em forma de bullying, abuso verbal, negação a saúde, trabalho ou moradia, assim como lesão corporal, tortura, estupro e assassinato. De acordo com o relatório do Grupo Gay da Bahia, o ano de 2016 teve o maior número de assassinatos de pessoas LGBTI em 37 anos, com 343 vítimas.     Diante dessas constatações, fica claro que a adoção de medidas para atenuar essa questão fazem-se necessárias. Cabe ao governo em parceria com a mídia promoverem campanhas contra o bullying e a discriminação desses gêneros a fim de prevenir o desenvolvimento de atos intolerantes. É papel das instituições de ensino introduzir a cultura do esclarecimento sobre o tema, por meio de palestras, oficinas e debates, visando a formação de crianças e jovens mais esclarecidos.