Materiais:
Enviada em: 25/10/2017

Após ser obrigado a tomar hormônios para evitar a prisão, condenado por práticas homossexuais, Alan Turing, pai da computação e herói na segunda guerra mundial cometeu suicídio. Mesmo após quase 7 décadas, a intolerância e preconceito continuam a fazer vítimas no Brasil, que é o país com maior número de assassinatos de travestis e transexuais. Discussões e emendas que tentam promover  a liberdade sexual ainda se configuram como um tema polêmico, que encontra dificuldade tanto por oposição de políticos e da população quanto por exageros e desinformação sobre o movimento.     Segundo Desmond Tutu "(...) não é uma questão de escolha, seria louco alguém escolher ser gay com a homofobia que temos hoje", tal frase evidência a intolerância por parte de grande parte da sociedade e até mesmo do governo, muitas vezes motivados por crenças pessoais.É inaceitável que, num país livre de religião oficial pela constituição, agentes do governo usem argumentos e ideias religiosas para sustentar seus argumentos contra ou a favor de algum projeto, como o estatuto da família e o ensino da ideologia de gênero nas escolas .Tais atitudes se configuram como um atraso social: é inconstitucional e fere a liberdade de cada um, que também é garantida por lei.     É importante ressaltar também a falta de informação verdadeira e grande quantidade de informações falsas sobre as campanhas pró diversidade de gênero e o ensino delas nas escolas. Não é do desejo de ninguém, em hipótese alguma, a erotização da infância e estimulo até mesmo à pedofilia, aspectos comumente citados em grupos extremistas opositores. A campanha visa, acima de tudo, promover a liberdade sexual individual e a tolerância de todos para com todos, criando uma sociedade mais justa e democrática.      Com base nos argumentos citados, fica claro que atitudes devem ser tomadas. O Supremo Tribunal Federal deveria, por meio da aprovação de emendas, aumentar a punição para casos de preconceito sexual, assim como se comprometer com a manutenção da laicidade do governo, através de investigações e cassação de mandatos de políticos com atitudes inconstitucionais, tudo isso na tentativa de assegurar uma sociedade mais justa. Além disso, fica a cargo do MEC e do Ministério da Cultura, através de propagandas e eventos culturais, nas mídias sociais e espaços públicos, informar sobre a diversidade de gênero e promover a aceitação das diferenças, para que, a longo prazo, as liberdades individuais sejam asseguradas e a civilização evolua para uma mais democrática.