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Enviada em: 27/10/2017

De acordo com John locke, os seres humanos devem ter a suprema liberdade de escolha, porque cada individuo sente desejos diferentes e assim toma decisões distintas. No entanto, no Brasil essa máxima é inexistente na questão da diversidade de gênero, em virtude da persistência de uma mentalidade conservadora e a ausência da garantia dos direitos civis.  As diferenças de gênero são vistas como uma anomalia pela sociedade, devido a influência do pensamento cristão, na qual o homem e a mulher devem sentir desejo somente pelo sexo oposto e agir de acordo com a sua característica biológica, gerando assim uma padronização no comportamento, que foi inserido na cultura opressora. Ademais, as mudanças dessa visão de mundo preconceituosa foi dificultada, por causa do surgimento da ideologia cientificista no seculo XIX, que racionalizava todas sensações subjetivas dos seres humanos para copular ou se expressar, por exemplo nas aulas de biologia só é mencionado o estudo das genitálias, deixando toda a gama de preferencias sexuais, e que a conduta externa, como o modo de se vestir, pode não ser sinônimo de opção sexual. Desse modo, sem a presença de um debate acerca das variantes de escolha à herança intolerante não é refutada.   Outrossim, o numero de casos de pessoas agredidas verbalmente e fisicamente por conta da opção de gênero vem aumentando exponencialmente, como 20% a mais de agressões contra LGBT, informado pela presidente Adriana Galvão, da comissão de diversidade sexual. Em detrimento disso, esses sujeitos desenvolvem medos e consequentemente não denunciam tais atrocidades, portanto inviabilizando o numero de dados de violência, que são essenciais para reagir a essas condutas. Além disso, a ineficiência governamental propicia absurdamente essa condição de sociovulnerabilidade, porque a bancada religiosa presente na esfera publica interfere na garantia dos direitos civis. Assim, sem auxilio do Estado a liberdade individual dessas vitimas torna-se apenas um sonho distante.   Portanto, para solidificar a tese de autonomia de Jonh locke, cabe ao Plano Nacional de Educação (PNE) criar uma matéria ,inserida na grade curricular de ensino, que trate sobre as diferenças de gêneros transmitida aos alunos e também palestras que debatam o tema proferida por psicólogos, passadas para os alunos e os pais deles, a fim de contestar as crenças preconceituosas arraigadas na cultura; ao Judiciário elaborar uma central de denúncias anônimas aos casos de violência, para arrecadar dados, com intuito de agir sobre essas informações; ao Supremo Tribunal verificar a conduta de políticos religiosos que são contrários a liberdade de expressão e à comissão de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados (OAB) engendrar propagandas de conscientização anunciadas a população em meios de comunicação.