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Enviada em: 27/10/2017

O filme "A garota dinamarquesa", relata a história real da primeira pessoa do mundo a se submeter a uma cirurgia de mudança de sexo,  fato ocorrido no final do século XIX, bem como o preconceito vigente naquela sociedade diante da opção sexual do protagonista. Daquela época até os dias atuais, a classe LGBT obteve conquistas em relação à questão da homofobia. Contudo, ainda é nítido o preconceito que permeia as sociedades atuais, sendo regularmente observado casos de agressões físicas e psicológicas aos homossexuais.      É inegável que a homofobia está presente na sociedade brasileira, já que mesmo sendo ratificado desde 1990 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que ser homossexual não configura uma doença, hoje, infelizmente, ainda há pessoas que acreditam que exista cura para os indivíduos com gênero diferente do sexo. Exemplo disso, ocorreu no Paraná, em que uma psicóloga evangélica vendia um "tratamento" que poderia transformar um  homossexual em heterossexual, assim como foi amplamente compartilhado nas redes sociais, o que  demonstra que há certa aprovação dessa ideia errônea por parte da sociedade e configura uma ofensa aos direitos dos gays. Dessa maneira, percebe-se como ainda é nítido o desrespeito os indivíduos LGBT.          Outro tópico importante são os casos de agressões a essa parcela da população. Segundo Universidade de São Paulo (USP), 7 em 10 LGBTs já sofreram física ou verbal. Dessa maneira, tem-se que faltam medidas governamentais, como leis específicas, para combater a homofobia vigente na sociedade e amparar os homossexuais. Isso ocorre diante da pouca representatividade destes no legislativo, que é onde criam-se as leis, assim como há uma bancada religiosa que vai de encontro aos avanços legais a favor da classe LGBT, sendo que, muitas vezes, leis são inibidas durante a votação para criá-la devido a divergência entre alguns religiosos, que por são contra dar mais direitos aos homossexuais. Assim, observa-se que a pouca representatividade política dos gays colabora para que agressões sistemáticas ainda aconteçam e agressores não sejam punidos adequadamente.       Logo, cabe a classe homossexual, que é ampla no país, votar ativamente em pessoas que tenham como objetivo representá-los no legislativo, criando leis e sendo uma parcela maior no Poder Legislativo. Para isso, devem ser organizadas comissões em eventos onde há grande aglomeração da classe LGBT, como as paradas gays, que ocorrem nos grandes centros do país,  para escolher os futuros representantes e colocá-los no poder, para que seja mais efetiva a representatividade destes no legislativo. Ademais, as escolas devem promover debates sobre o assunto, quebrando tabus sociais e ensinando às futuras gerações a respeitarem essa classe, por meio de alunas específicas para o tema.