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Enviada em: 29/10/2017

Exclusão. Violência. Saúde mental. Quais são os reais questionamentos acerca da diversidade de gênero no Brasil? A preocupação está centrada em valores culturais e ideológicos historicamente enraizados que, muitas vezes, disseminam o ódio e a intolerância às minorias. Portanto, os seguintes aspectos devem ser analisados: o ambiente escolar e a saúde psíquica.         Os movimentos sociais - como o feminista – intensificaram a luta pela liberdade de expressão, pela igualdade política e social e pelo respeito à diversidade. No entanto, percebe-se que, em pleno século XXI, atitudes discriminatórias, sobretudo no que tange a diversidade de gênero, são persistentes. Isso se observa, por exemplo, nas instituições de ensino, onde o preconceito e a violência física e verbal com indivíduos de diferentes orientações sexuais e de gênero, são as maiores causas da evasão escolar e do baixo desempenho, segundo dados do IBGE. Isso é, no mínimo, preocupante, visto que afeta o desenvolvimento intelectual e contribui para a exclusão, até mesmo, no mercado de trabalho.        A temática está voltada também para os problemas psiquiátricos decorrentes da discriminação sofrida por LGBT’s e gêneros diversos. O cenário repleto de preconceitos é responsável não só pelas restrições sociais, mas também por uma série de transtornos mentais, como a depressão, a ansiedade, a sociofobia e o risco de suicídio. De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, essas doenças são decorrentes, sobremaneira, de uma realidade de não aceitação por parte da família e de pessoas próximas, intensificando o sentimento de inferioridade dos indivíduos que não se encaixam em padrões pré determinados. Tal realidade é, sem dúvida, inaceitável.          Logo, medidas são fundamentais para garantir a igualdade de gênero no brasil. É necessário, pois, que o Estado torne como prioridade nas escolas o ensino de Sociologia, abordando a questão de gênero e orientação sexual por meio de palestras e debates, de modo a promover o respeito e a inclusão. Além disso, é importante que as manifestações sejam ampliadas por meio, principalmente, de redes sociais, através da criação de grupos de apoio às diversidades e de páginas que promovam a união e a tolerância. Somente assim, os direitos e deveres de qualquer cidadão poderão ser exercidos plenamente.