Enviada em: 30/10/2017

No limiar do século XXI, a diversidade de gênero é um dos principais assuntos que o Brasil foi convidado a debater, analisar e resolver. Por um lado, o país promove uma política onde todos são iguais perante a lei. Por outro, as minorias que se distanciam do convencional se afundam em abismos, cada vez mais profundos, cavados, diariamente, por opressores intolerantes.      Em primeiro plano, vale lembrar que o conceito de gênero segue em construção. De acordo com a filósofa  Simone de Beauvoir ”Ninguém nasce mulher, torna-se mulher”, para a filósofa, o gênero é uma construção social e cultural. No Brasil contemporâneo, a identidade de gênero amplia-se para quebrar os paradigmas de  uma sociedade dicotômica ( Homem e Mulher), abrangendo homossexuais, bissexuais, transexuais, etc. Outrossim, fica evidente que assuntos como a pluralidade nas relações sexuais ainda é considerado um assunto tabu, acarretando uma população formada por leigos que julgam sem ter conhecimento.     Contudo, muitos problemas dificultam a resolução da questão. Segundo o Grupo Gay da Bahia, a cada 28 horas um LGBT ( Lésbica, Gay, Bissexual, Transexual ), morre de forma violenta no país. Ademais, em um estudo sobre a população trans, a ONU afirma que essas pessoas correm maior risco de sofrer discriminação. A intolerância se manifesta no cotidiano em forma de bullying, abuso verbal, negação à saúde, educação, trabalho ou moradia, assim como lesão corporal, tortura, estupro e assassinato.    Convém, portanto, a necessidade de debates sobre diversidade sexual e de gênero de forma ampla nas escolas, por meio das aulas de sociologia e biologia, isso pode acontecer por parte do Ministério da Educação colocando esse debate como algo obrigatório na grade curricular, o que seria ,extremamente, positivo, tanto para a educação quanto para os alunos. Além disso, é obrigação do Estado criar campanhas contra o bullying e descriminação, o que pode ocorrer mediante o fornecimento de panfletos informativos  e propagandas na mídia.