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Enviada em: 31/10/2017

Na série norte-americana "Sense8" são retratadas questões como sexualidade, família, e discriminação. Ao longo da trama, é mostrada a dificuldade de personagens homossexuais e transexuais com a aceitação de sua opção sexual, devido ao medo da repressão e violência e do preconceito. Já fora das telas, isso é uma realidade no Brasil, pois todos os dias milhões de brasileiros sofrem com esse preconceito. Entretanto, julgar e maltratar alguém com base em sua opção sexual ou expressão de gênero é um equívoco.  É indubitável que a falta de compreensão da sociedade acerca de questões como a identidade de gênero, orientação sexual e sexo biológico contribui expressivamente para a discriminação. O renomado escritor Oscar Wilde se tornou um dos ícones da luta pelos direitos dos LGBT's (lésbicas, gays, bissexuais e transsexuais) pois foi condenado à prisão e à trabalhos forçados no século XIX como punição por suprir um sentimento afetivo por pessoas do mesmo sexo. No entanto, mais de um século depois ainda há a permanência da ideia de que a diversidade de gênero e suas expressões são doenças ou pecados. O autor naturalista Adolfo Caminha foi um dos únicos artistas que abordou temas como o relacionamento homoafetivo no século XVIII. Em sua obra literária "Bom-Crioulo" ele retrata a visão preconceituosa da população em relação à opções sexuais, causando espanto na sociedade da época. Tal visão discriminatória ainda permanece na atualidade e provoca a violência, a exclusão dos LGBT's das comunidades, do mercado de trabalho e muitas vezes a morte dos mesmos. Segundo dados do jornal Estado de Minas o Brasil é o país que mais mata travestis no mundo.  Dessa forma, os fatos relatados vão ao encontro da ideia do cientista Albert Einstein de que "é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito enraizado", entretanto, não é impossível. Portanto, para a resolução de tal problemática, torna-se imperativo que o Governo Federal e a mídia realizem campanhas conjuntas visando o entendimento de todos sobre a diversidade de gêneros, identidades e opções sexuais. Outrossim, a escola deve propor palestras que incentivem a liberdade de escolha e o respeito acerca das diferenças sexuais, para possivelmente decompor a intolerância.