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Enviada em: 03/05/2018

No que se refere à diversidade de gênero, no Brasil,  pode-se afirmar que o tema vem ganhando ascensão principalmente nas redes sociais, com o debate sobre a violência e os direitos dos transgêneros, porém sozinha não consegue desestigmatizar o tema. Nesse sentido, a discussão vem ajudando uma parcela da sociedade, entretanto precisa de outros meios para auxilia-la.            Em primeiro plano, os meios de comunicações são uma ferramenta massiva de informações, que ajudam cada vez mais a visibilidade da temática, diante disso, sabe-se que as fontes de notícias aludem ao gênero como uma construção social dogmatizada. Dessa maneira, o debate sobre essa diversidade no país é fragilizada, já que os indivíduos tendem a não aceitar essa diversidade, assim confirmando a teoria "Modernidade Líquida" de Zygmunt Bauman, a qual dizia que a individualidade é umas das principais características do pós-modernismo, consequentemente, parte da sociedade tende a não tolerar diferenças. Sendo assim, essa intolerância acaba desencadeando uma série de violência física e moral contra esse grupo, o que causa a exclusão e marginalização.         Ademais, o filme "A Garota Dinamarquesa" mostra uma saída sensata para o desenvolvimento do respeito. A história mostra a primeira mulher transsexual a passar por uma cirurgia de resignação sexual, isto é, a obra indicada ao Oscar mostra todo sofrimento da realidade pessoal e social da protagonista "Lili", a qual exibe cenas de violência marcantes, do sofrimento mental pelo desentendimento de si e o descontentamento do próximo, além da luta pelo uso do nome social. Sendo assim, a cinematografia faz seu papel social na na desconstrução moral através de elementos emocionais, o que acaba dando espaço para o debate em si e ajuda na buscas dos direitos trans, logo, a teoria do "Corpo Biológico" de Durkheim, a qual diz que para que o organismo seja igualitário e coeso, é necessário que os direitos dos cidadãos sejam compridos.        Entende-se, portanto, que o país precisa de mais meios informativos para aceitação da diversidade de gênero além da internet, desse modo, cabe ao Ministério da cultura, por meio de investimentos em obras e artistas, como MASP em Mato Grosso que abriu uma exposição sobre a história da sexualidade e do gênero para o corpo social, para que entendam e respeitem as diferenças entre ambos. Cabe também ao Poder Legislativo, por intermédio da aprovação da lei que exige que exibam filmes na escolas de ensino fundamental e médio, assim como o filme citado, para que os alunos tenham conhecimentos mais abrangentes do que índices e porcentagens. Por fim, depois da compreensão social sobre o tema, a facilidade de indivíduos transgêneros de ingressarem na sociedade e na política acabará desencadeando uma série de representatividade e conquistas de direitos civis.