Já dizia Paulo Freire: "Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é se tornar o opressor." Esse conceito, explica uma das principais maneiras de se perpetuar a terceira forma de tráfico ilegal mais lucrativa do mundo, o tráfico de pessoas. Por vezes, vítima e algoz tem relação próxima e é comum, que o predador outrora fora presa, o que fortalece a estrutura criminosa, uma vez que a informação não é privilégio de todos. A princípio, devemos analisar o tráfico de pessoas pela ótica do oprimido; Com perfil, em sua maioria, vulneráveis (mulheres solteiras de pouca idade e nível escolar baixo) com sonho em mudarem de vida e sem acesso a informação, são atraídas por oportunidade de trabalho no exterior. Ao perceberem que foram enganadas, passam a sofrer ameaças de inúmeras formas, vendo-se então desamparadas, em território extranjero, sem documentos e ainda mais vulneráveis que outrora. Não veem outra saída, que não ceder aos abusos. Somada a esta questão, sendo a denúncia, o principal meio para combate, uma população não familiarizada com esse tipo de crime, dificulta o processo. Portanto, sem informação, mesmo já havendo canais de comunicação, como o DISQUE 100, esse se torna pouco efetivo, uma vez que, a vítima, não sabe se utilizar do canal, e o cidadão comum, por vezes, não sabe da existência do crime, nem tão pouco do canal. Assim sendo, O Estado deve ampliar a informação à toda população, por meio de parcerias midiáticas, em forma de propagandas nas principais emissoras de tv e redes sociais. A divulgação deve ser trabalhada, para não somente informar meios já existentes de denuncia, mas também, alertar o cidadão como acontece esse tipo de crime e afins, vale também, instruir como buscar ajuda, caso precise. E assim, corresponderemos Paulo Freire, a educação será libertadora e reduziremos em muito os índices dessa hecatombe. solução Estado ampliar a divulgação da informação e facilidades para denúncia.