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Enviada em: 02/05/2018

Vários costumes surgidos na Grécia culminam para a manutenção e ordem do mundo contemporâneo. Não obstante, vale ressaltar que várias práticas arcaicas, embora proibidas hodiernamente, ainda fazem parte da realidade de muitas pessoas, como o tráfico de seres humanos, que tem como principais causas a chamada "escravidão moderna" e a venda ilegal de órgãos.        Ligada intrinsecamente à pobreza e ao desemprego, a escravidão moderna é a principal razão desse mal secular. Há uma grande proporcionalidade entre a pobreza e o tráfico de pessoas, uma vez que esse perfil é o alvo dos traficantes, por serem em sua maioria desempregados e consequentemente vulneráveis, aceitando com presteza propostas fáceis de emprego que prometem um "eldorado" no exterior, quando a realidade infelizmente não cumpre com o prometido, fazendo com que essas pessoas sejam obrigadas a submeter-se não só a baixíssimos salários, mas também a péssimas condições e longas jornadas de trabalho. Outrossim, engana-se quem entende por escravidão moderna somente o "trabalho bruto", uma vez que várias mulheres aceitam propostas de "agências de modelo", por exemplo, no exterior e acabam sendo submetidas à prostituição e/ou à industria pornográfica.       Ao contrário da escravidão moderna, o tráfico de órgãos, sobretudo de crianças, em sua maioria ocorre "sem o consentimento", e é uma das formas mais cruéis de tráfico de pessoas. Geralmente as vítimas desse crime macabro e digno de repúdio são oriundas de países pobres, como os da África Subsaariana, podem ser raptadas, ou até mesmo vendidas pela própria família por motivos socioeconômicos. Não obstante, a internet  e a tecnologia são fortes aliadas desses traficantes, que fazem o comércio dos órgãos por meio de sites que não podem ser rastreados, como por exemplo, os sites da Deep Web.       Tendo em vista o assunto previamente apresentado, é inegável que o combate ao tráfico de pessoas é fundamental. Logo, bom seria que os Governos investissem na fiscalização do trabalho escravo com maior eficiência em seus respectivos países, criando e melhorando as leis de reclusão e multas em caso do efetivo crime, e que a ONU, com o apoio financeiro das nações desenvolvidas, investissem na segurança dos países com maiores índices de tráfico de órgãos, bem como em tecnologia policial, dificultando o acessoa à sites que não podem ser rastreados, e segurança pública, a fim de extinguir essa prática, e dessa forma, cortar pela raiz essa herança helenística tão repugnante.