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Enviada em: 29/04/2018

Do século XV até o XIX, a violência e tráfico de pessoas dos colonizadores e imperialistas europeus contras os habitantes da África, Ásia e América era justificada de várias formas, especialmente como uma tarefa ‘’civilizadora’’ a ser cumprida pelos povos mais desenvolvidos. Entretanto, há um detalhe na história da humanidade que permanece quase imutável: o tráfico de pessoas como forma ilícita com obtenção lucrativa. Tal fato ocorre devido ao atual mundo globalizado e ao  avanço das redes sociais.    Numa primeira instância, é perceptível que, com o avanço da globalização, novos estruturas e meios ilícitos expandem como flexibilidade de comércios hodiernamente. Nesse contexto, no século XVl, mediante o avanço da racionalidade e cientificismo, o homem desbravou lugares antes desconhecidos como forma de obter comércio e especiarias lucrativas, sendo exponencial para o tráfico forçado de escravos como mão de obra ao redor do mundo, tendo suas matrizes e consequências enraizadas na sociedade pós-moderna. Posto isso, segundo dados da ONU, o tráfico de pessoas movimenta anualmente 32 bilhões de dólares em todo mundo, no qual suas ramificações abrangem a exploração sexual, trabalho forçado e coação autoritária. Dessa maneira, a globalização ratifica a continuidade desse quadro bárbaro moderno.     Além disso, com advento da tecnologia e seu desenvolvimento crescente, o caminho para combater o tráfico de pessoas torna-se dificultoso. Nesse viés, com o surgimento de uma rede global e conectada aos mais diversos interesses, brechas na segurança no sistema são evidentes, em que o anonimato e liberdade de escolha dificultam a segurança. Em virtude disso, de acordo com o Nexo, o ‘’Facebook’’ é a rede social com mais vítimas e mensagens ‘’fakes’’ de criminosos em atividades ilegais, enaltecendo o poder que os meios virtuais favorecem o tráfico de pessoas e funções criminosas. Sendo assim, é necessário ações mútuas midiáticas e governamentais para solução do problema.   Dessarte, infere-se que ações históricas de dominações e justificativas ‘’civilizatórias’’ ganharam  contornos modernos, em que o tráfico de pessoas permanece como herança social-histórica. É mister, portanto, que o Governo Federal e ONGs criem projetos e campanhas de abrangência nacional, por meio de movimentos em escolas mostrando como evitar contato com criminosos em redes sociais e como denunciá-lo, além de pesquisas com infográficos e palestras com especialistas na área da segurança nas comunidades , com o fito de que o cidadão tomem consciência e cuidados aos expor dados e conversas abertas. Ademais, cabe as mídias ações ao combate do tráfico de pessoas, por meios de ficções engajadas e propagandas em horários nobres, com o objetivo de despertar o sentimento de catarse e construções anti-tráfico no país, para que os cidadãos tornem-se hábeis às denúncias.