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Enviada em: 25/04/2018

Apesar da Lei Eusébio de Queirós proibir o tráfico de escravo e a Lei Áurea a escravidão, nos dias de hoje ainda há um grande fluxo de tráfico de pessoas, seja para exploração sexual ou trabalho escravo. Tendo isso em vista, esse ato desumano, infelizmente, prolifera no país, principalmente com as classes de baixa renda, que são submetidas a exploração e ameaça. Portanto, essa prática, além de coercitiva, é um fato social que precisa ser combatido com urgência.        Primeiramente, o tráfico negreiro acontecia no Brasil desde a época de sua colonização, a qual escravos eram trazidos para o país para realizarem trabalhos compulsório nas lavouras de cana de açúcar. Asim, com a visão de superioridade junto a falta de empatia e a ambição exagerada do europeu, essa prática foi se intensificando cada vez mais, além dos diversos castigos e maus tratos impostos aos escravizados. Entretanto, em 1850 criou-se a Lei Eusébio de Queirós, a qual proibia o tráfico de escravos para o Brasil, sedo um primeiro passo para a abolição desse ato desumano e deu seu consequente trabalho escravo. Posteriormente, em 1888, a Lei Áurea aboliu a escravidão no país. Entretanto, muitos indivíduos ainda praticam tal ato na atualidade.        Ainda assim, o tráfico de pessoas é definido como toda atitude de captura ou aquisição de um indivíduo para vendê-lo ou trocá-lo, conforme foi mostrado na novela Salve Jorge, a qual abordou sobre o tráfico internacional para a exploração sexual, a qual era muito lucrativa para os traficantes, aonde a protagonista era moradora de uma comunidade do Rio de Janeiro. Tendo isso em vista, o principal alvo dos exploradores são as pessoas de baixa renda, que são iludidos com uma possível melhora na qualidade de vida por meio de um trabalho com um bom salário, quando na verdade estão sendo objetos de exploração para trabalhos desumanos e humilhantes. Dessa forma, o tráfico de pessoas pode ser definido como o que Émille Durkheim chamou de fato social, ou seja, é geral, acontece com um grupo de indivíduos, exterior, já está enraizado na sociedade, e coercitivo, envolvendo imposição e ameaças, precisando ser combatido com urgência.        Em suma, apesar das leis criadas no período de colonização do Brasil, ainda hoje existem o tráfico de pessoas em troca do lucro, sendo de suma importância o seu combate. Portanto, a Polícia Federal deve intensificar a fiscalização nos aeroportos, observando o histórico de viagem de cada passageiro e do seu devido acompanhante, visto que se a pessoa viajar para o mesmo lugar com diferentes companhias, é um alerta para um possível tráfico internacional, necessitando de entrevistas com agentes da PF e do consulado do país de destino, com diversas perguntas como duração da viagem, motivo, hospedagem, com o intuito de combater o tráfico de pessoas.