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Enviada em: 25/04/2018

No período colonial brasileiro, o tráfico negreiro era bastante comum e aceitável perante a sociedade da época e embora não tenha sido visto como tráfico de pessoas no ínterim em questão, hoje, é sabido que essa nação - a qual vinha, principalmente, do continente africano - foi brutalmente violentada e injustamente escravizada. Analogamente, nos dias correntes, mesmo após a abolição da escravatura, o tráfico de pessoas têm sido recorrente no Brasil e no mundo e está englobando não apenas negros, mas também brancos e até crianças. Nesse contexto, os líderes dessas ações ilegais veem uma oportunidade de lucrar em cima da escravidão ou exploração sexual dessas pessoas e simultaneamente ferem os Direitos Humanos e a dignidade de cada uma delas.    Mormente, é previsto nos artigos do Direitos Humanos que toda pessoa têm o direito à sua liberdade desde que não cometa crimes contra outrem ou contra o Estado. Diante disso, é indubitável que sites encontrados nas redes proibidas da internet, como a Deep Web, cometem crime contra a legislação e corroboram para o aumento do contrabando de jovens, adultos e, principalmente, crianças. Um fato que exemplifica essa contribuição é o caso da boneca Lolita, uma boneca humana que ficou mundialmente conhecida, essa qual era uma criança traficada com os membros amputados, as cordas vocais cortadas e que era vendida para satisfação sexual.     Ademais, com o aumento das guerras civis em países como o Norte da África e a Síria, o desespero por uma saída desses lugares em conflito leva muitas pessoas a aceitarem acordos clandestinos e a migrarem ilegalmente para outros países desconhecidos. Essa realidade expressa nos contrabandistas uma oportunidade de adquirir pessoas de maneira menos trabalhosa e mais barata, dessa forma, aumentando o índice de desaparecimento desses povos, que muitas das vezes são invisíveis na sociedade contemporânea. Uma amostra disso foi que, consoante a ONU em Janeiro de 2018 mais de cem pessoas foram dadas como desaparecidas na tentativa de fuga, ao atravessar o Mediterrâneo.     Tendo o problema do combate ao tráfico de pessoas em visto, é imprescindível, pois, que a ONU aliada aos países mais próximos das zonas de conflito, crie programas que visem o acolhimento dos imigrantes em institutos que ofereçam comida e condições básicas para a sobrevivência, visando aumentar a receptividade desses locais e diminuir a procura de formas clandestinas para a fuga. Outrossim, seria que a CIA aumentasse a procura desses perfis criados na Deep Web, com o intuito de encontrar esses traficantes de pessoas e levá-los ao devido julgamento, assim impedindo, talvez, que o cenário de injustiça escravocrata e violenta volte a se repetir em pleno século XXI.