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Enviada em: 23/04/2018

O tráfico de seres humanos não é somente um problema brasileiro, mas um fenômeno mundial que tem sido vivenciado por milhões de pessoas de diferentes lugares do mundo. Normalmente, as vítimas são obrigadas a realizar trabalhos forçados sem qualquer tipo de remuneração tais como prostituição, serviços braçais, domésticos, entre outros, além de algumas delas terem órgãos removidos e comercializados.  Em primeira análise, configura-se como tráfico humano o ato de comercializar, escravizar, explorar, privar vidas, ou seja, é uma forma de violação dos direitos humanos. Dentre as principais vítimas, estão jovens em situação de grande vulnerabilidade, marcados por diversos problemas sociais, como falta de acesso à educação e condições dignas de sobrevivência, onde muitos deles são aliciados e seduzidos pela possibilidade de melhorar as suas condições de vida.  Ademais, convém frisar que as mulheres são as principais vítimas de tráfico, sendo em maioria mulheres com baixa renda financeira, jovens, negras e com baixo grau de escolaridade. Normalmente os traficantes apresentam bom nível de escolaridade, são sedutores e têm alto poder de convencimento, alguns são empresários que trabalham ou se dizem proprietários de casas de show, bares, falsas agências de encontros, matrimônios e modelos, onde oferecem falsas propostas de emprego que geram na vítima perspectivas de futuro.  Por conseguinte, o tráfico de seres humanos viola os direitos fundamentais das pessoas e é essencial que se desenvolva um trabalho de intervenção para que este tipo de crime deixe de existir. As famílias, os professores, a polícia e o poder público não devem medir esforços em divulgar amplamente o que é este ato criminoso, divulgando os meios de persuasão usados pelos traficantes, suas principais vítimas, os perfis adotados e escolhidos, além da utilização do disque-denúncia, por intermédio de redes sociais, de jornais e de programas radialistas, já que este crime permanece escondido e a juventude deve estar atenta a estas discussões. Logo, ficará evidenciado que a pátria educadora oferece mecanismos exitosos no que diz respeito ao tráfico de pessoas.