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Enviada em: 07/05/2018

Os cifrões de uma vida        No século XVI, por causa da escravidão, era comum a prática do tráfico de pessoas, principalmente de negros. Essa atividade era muito lucrativa e, por isso, atraía grande interesse. Entretanto, essa modalidade de tráfico ainda persiste e vai além do que ocorria, incluindo outras áreas, como a prostituição e a venda de órgãos. Logo, é necessário que sejam colocadas em prática ações que envolvam tanto o Estado quanto a mídia no combate a esse crime.      De acordo com dados divulgados pela ONU, o tráfico de pessoas movimenta, anualmente, 32 milhões de dólares em todo o mundo. Por conta disso, ele é classificado como a terceira atividade ilegal mais lucrativa do planeta, ficando atrás da venda ilegal de armas e de drogas. Esses dados comprovam que há falhas no sistema de segurança dos países, pois se elas não existissem, o lucro não seria tão alto. Assim, é preciso que o Estado invista mais em segurança a fim de diminuir a ação dos traficantes e, desse modo, erradicar esse crime.       Além disso, segundo Leonard Doyle, diretor de Mídia e Comunicação da Organização Internacional para as Migrações, muitas vítimas são abordadas nas redes sociais. Iludidas com as propostas de emprego e visando a oportunidade de melhorar de vida, elas acabam sendo persuadidas pelos criminosos. Os casos são ainda mais frequentes quando se trata de indivíduos em situação de dificuldade econômica. Portanto, é necessário que as empresas de mídias, como as redes sociais, também atuem visando alertar os usuários acerca dos perigos a que eles estão expostos.      Diante disso, torna-se evidente a necessidade de ações que envolvam tanto o Estado quanto a mídia no combate ao tráfico de pessoas. Ao primeiro, cabe a responsabilidade de investir mais em esquemas de segurança, o que poderá ser feito com o uso da tecnologia em aeroportos, no rastreamento de contas bancárias e de redes sociais. Ao segundo, recai o dever de promover campanhas de combate ao tráfico de pessoas e desenvolver mecanismos para alertar os usuários acerca dos riscos que eles podem correr. Dessa forma, será possível fornecer segurança às pessoas e acabar com o tráfico de seres humanos.