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Enviada em: 24/04/2018

O tráfico negreiro é uma grande mancha na história nacional. Entre 1800 e 1850, 1,5 milhões de escravos chegaram ao Brasil e grande parte deles nunca voltou para o seu país. Paralelamente, anualmente 2,5 milhões de brasileiros são vítimas do tráfico humano. A prática criminosa é motivada pela grande lucratividade e pela facilidade no aliciamento de pessoas socialmente fragilizadas. Vidas são negociadas como simples mercadorias, trazendo a sociedade de volta para a era da escravidão.    A princípio, é importante abordar as motivações para uma pessoa aceitar o aliciamento. Fatores como a pobreza, problemas ambientais, busca por melhores condições de vida, trabalho, o desejo de conhecer novas culturas ou a necessidade de sair de uma situação de abuso doméstico são os principais motivadores da vítima. De acordo com a ONU, 21 milhões de pessoas são traficadas por ano em todo mundo. Os traficantes se aproveitam da inocência e dos sonhos das pessoas para conseguir aliciá-las. No entanto, culpar as vítimas significa desconsiderar os fatores já mencionados e menosprezar a perversidade dos criminosos. O mundo ainda vive o período da escravidão, pessoas continuam sendo levadas a força para viver em uma condição degradante e extremamente desumanas. São privadas de sua liberdade e castigadas por pessoas que não conseguem enxergar nada além de uma simples mercadoria para a negociação, criminosos sem nenhuma empatia e compaixão.  Outrossim, é adequado tratar da organização do tráfico humano. Mahatma Gandhi, líder pacifista indiano, defendia que no mundo a ganância de alguns acaba gerando sofrimento para todos. Analogamente, de acordo com a ONU o tráfico humano lucra mais de 32 bilhões de dólares por ano. Além disso, atualmente o tráfico humano é a terceira atividade criminosa mais lucrativa do mundo. Essa lucratividade é originada da venda das vítimas para a retirada de órgãos, trabalho escravo, exploração sexual, casamentos forçados, entre outros destinos. Após a venda, as pessoas são isoladas do convívio social, colocadas em situações precárias com apenas o que é necessário para a sobrevivência e para a realização do trabalho requisitado. O problema persiste porque existe uma vantagem muito grande em sonegar impostos e direitos para suprindo a ganância com a escravidão da vida humana.   Logo, é oportuno adotar medidas para minimizar o trastorno. Posto isso, compete ao Ministério dos Direitos Humanos criar projetos para auxiliar as pessoas em situação de risco criando programas de amparo a pobreza, planos migratórios para pessoas em regiões que sofrem com problemas ambientais e intensificar o combate a violência doméstica, a fim de diminuir o número de vítimas. Ademais, cabe ao Poder Legislativo punir e coibir os criminosos por artifício da alteração na pena para tráfico humano, que só chega a 8 anos, a fito de garantir que esses promotores da escravidão moderna sejam punidos.