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Enviada em: 30/04/2018

O tráfico de humanos comercializa, escraviza e priva vidas, e isso consiste em que alguém perca o sentido da sua existência, já que é retirada sua plena liberdade de ir e vir. Por isso, essa prática criminosa precisa ser combatida, uma vez que é histórica, desleal, repugnante e pútrida. E as vítimas potenciais são aquelas que são acometidas pela pobreza, além de mulheres e crianças, como ratifica a Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).       Pode-se citar dois momentos históricos em que houve o tráfico de seres humanos, primeiramente, na república romana durante a idade média, na qual durante a conquista por novas terras fazia de seus perdedores de escravos. E, por último e não menos relevante, durante a colonização nos séculos XV a XVII, houve o tráfico negreiro com a finalidade de trabalho em colônias com a visão de lucro fácil; e só no Brasil, a escravidão foi a base de sua economia durante quatro séculos. Dessa forma, é  claro que não dá para negar a história, mas é inadmissível aceitar que hoje ainda, em pleno século XXI, é uma prática recorrente e que movimenta mais de 30 bilhões de dólares anualmente, sendo 79% das vítimas destinadas à prostituição, depois, comércio de órgão e exploração de trabalho escravo, por exemplo, em latifúndios e oficinas de costura, como estudos realizados pela Organização Mundial do Trabalho.       Nesse sentido, vale dizer que as pessoas que são ludibriadas por melhores condições de vida, mas na verdade, são direcionadas ao trabalho forçado e sem nenhum tipo de remuneração, seja para prostituição, serviços braçais, domésticos ou pequenas fábricas e até podem ter seus órgãos retirados e vendidos.E ainda, os aliciadores podem ser membros da família ou ter forte relação com ela. Dessa forma, passam a ter a mobilidade reduzida diante de ameaças à pessoa ou aos familiares ou pela retenção de seus documentos e até dívidas com altos juros feitas durante o trajeto ao destino de "trabalho" que fazem as vítimas se manterem na rede dos traficantes. Entretanto, já há possíveis intervenções desde 1999 pela UNODC que trabalha em três frentes: prevenção, proteção e criminalização, e necessita que o trafico de pessoas seja considerado crime nas legislações nacionais, para apreender o maior número possível de criminosos.       Em suma, é preciso combater o tráfico de humanos para que todos tenham a plena dignidade de viver. Assim, é imprescindível de uma campanha transnacional através de reuniões, que poderia ser promovida pela ONU a fim de que os países a condenam a prática como crime e possam treinar os seus policiais junto à UNODC para a devida fiscalização e proteção das vítimas. No caso do Brasil, é válido que o Ministério da Justiça divulgue as maneiras de como não cair numa farsa de emprego através da mídia e incentive denúncias por meio do disque 100 ou 180