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Enviada em: 07/05/2018

E comércio de pessoas foi marcado na história pelo período escravocrata com os negros africanos, no qual se deu por finalizado em 1888 e, no entanto, o tráfico humano permaneceu de forma ilegal e se expandiu para diversas áreas do Globo, focando, principalmente, nas populações mais vulneráveis economicamente. Diante disso, válida-se o debate acerca do tráfico de pessoas, hodiernamente, como um crime que se reflete na precária discussão em sociedade e na falta de diretrizes protetivas nos veículos de interação cibernética.     Em primeira análise, a discussão sobre o tráfico humano ainda atua de forma inexpressiva na sociedade, distanciando-a do sentido de alerta aos casos existentes. A novela "Salve Jorge", que foi transmitida no ano de 2012, trouxe à tona a problemática do comércio humano e deixou o assunto em voga, porém, após 6 anos de seu término, a exposição do tema voltou a ser escassa e sem atualizações sobre as novas estratégias usadas pelos traficantes para atrair as vítimas, como a abordagem via redes sociais. Nesse ínterim, quando há um esquecimento pelos cidadãos e o Estado, as pessoas voltam a ser vítimas do contrabando.      Outro fator que comprova a permanência do tráfico de pessoas na contemporaneidade é a adaptação da abordagem dos criminosos às vítimas por meio de sites interativos - como o Facebook - que não possuem mecanismos de reconhecimento de anúncios falsos e com possibilidade de serem uma armadilha. Tais mecanismos já foram adaptados para o reconhecimento de outras transgressões como racismo, pornografia e suicídio com a ideia de minimizar os casos, porém estes ainda não possuem algoritmos para reconhecer diversos crimes, incluindo o comércio humano, o que os torna um meio explorado com a finalidade de atrair mais pessoas.       Nesse sentido, urge que o Estado, juntamente aos diversos veículos informacionais (TV, rádio, jornal e Internet) e o Conselho Nacional dos Direitos Humanos, por meio de subsídio financeiro, proponha a criação de propagandas engajadas que serão transmitidas a população, abordando o assunto do tráfico de pessoas, objetivando informar a esta como se dá e como se prevenir da ameaça. Além disso, é importante que as redes sociais, em parceria com a Polícia Internacional, crie algoritmos que possam reconhecer e monitorar, também, as interações e anúncios suspeitos de crimes contra a humanidade, minimizando os meios de coerção criminosa no meio virtual.