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Enviada em: 27/04/2018

Castro Alves foi um dos maiores representantes da terceira geração do romantismo no Brasil, sendo conhecido como "poeta dos escravos", ele apresentou uma poesia social e libertária que almejava o fim da escravidão. À vista do viés engajado do poeta do século XIX e dos atuais índices sobre tráfico de pessoas, é possível inferir que não só o escasso número de políticas públicas frente a essa problemática, mas também a falta de envolvimento da sociedade para debater e combater o assunto ratificam a persistência dessa problemática.     Vale destacar, de início, que uma das principais motivações para essa questão é o deficiente número de políticas públicas aplicadas a essa temática. Isso, porquanto, de acordo com a ONU, os países mais vulneráveis ao tráfico de pessoas são os marcados pela pobreza, havendo nesses um déficit muito grande de oportunidades de emprego e educação. Sendo assim, torna-se nítido que o combate as baixas condições de vida, moradia e emprego são soluções que, também, dissolveriam o comércio de pessoas.     Ademais, impende salientar, também, que outra razão para a existência desse cenário é a restrita envoltura da sociedade sobre esse assunto. Isso, pois, é perceptível a falta de engajamento social para debater a questão do tráfico de pessoas e suas soluções. Dessa forma, fica claro que abordagens mais ativas visando o entendimento e o empenho do corpo social para o combate da questão --como a divulgação do Disque Direitos Humanos(100)--são imprescindíveis para suprimir essa situação.     Destarte, para que o tráfico de pessoas seja combatido, é fulcral o comprometimento de toda a sociedade. Aos Governos dos países são cabíveis ações de melhoria na qualidade de vida, como investimentos na saúde e educação, e ações regulamentatórias do trabalho, com uma equipe de profissionais treinados que possam distinguir as pessoas que trabalham de modo compulsório, desde exploração sexual até trabalhos forçados nos campos, podendo, assim, enquadrá-los na proteção designada por lei. Além disso, a ONU necessita implantar, em parceria com as mídias sociais, projetos de publicidade dessa temática, como páginas no instagram e facebook com dados estatísticos e propagandas em tv aberta incentivando o confronto com essa realidade. Somente assim poderemos dar continuidade à luta de Castro Alves, porém, agora, contra a escravidão moderna.