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Enviada em: 29/04/2018

“O importante não é viver, mas viver bem”. Segundo Platão, a qualidade de vida tem tamanha importância de modo que ultrapassa a da própria existência. Entretanto, essa não é uma realidade para os indivíduos, que padecem pelo contrabando de pessoas. Com isso, ao invés de agir para tentar aproximar a prática descrita por Platão da vivenciada por esses seres humanos, a débil verificação em áreas de limiar e o capitalismo hediondo acabam contribuindo para a situação atual.    Vale ressaltar, a princípio, que quanto menor o gasto com o trabalhador mais lucro há essa é uma das razões para o tráfico de pessoas, que são obrigadas a trabalhar por muitas horas, às vezes em condições degradantes, equivalentes a escravidão. Diante disso, vê-se um retrocesso moderno, pois a escravatura é primitiva e foi retratada em “Navio Negreiro” de Castro Alves, como um dos maiores óbices da sociedade, que atualmente assume outras vertentes em consonância com o sistema capitalista. Dessa forma, é ratificado que por condições sub-humanas o combate a esse contrabando tem de ser efetivo, por meio de fiscalizações públicas e denúncias sociais, para que a realidade descrita por Platão seja instaurada.     Além disso, em meio a inovações tecnológicas o transporte entre países foi facilitado, porém devido a ínfimas fiscalizações nas fronteiras o comércio ilegal de indivíduos também foi favorecido. Nesse contexto, a situação é dual, pois há desenvolvimento, mas ao mesmo tempo riscos e perigos, que dificultam a resolução da problemática, conforme Ulrich Beck, em seu raciocínio sobre a sociedade de risco. Destarte, o índice de contrabando humano, cresce continuamente, o que distância, ainda mais, a realidade descrita por Platão da estabelecida a pessoas que são vítimas dessa fraude.     Evidenciam-se, portanto, significativas dificuldades para o combate ao tráfico de pessoas, que infringi inúmeros indivíduos. Por conseguinte, as empresas das novas mídias sociais podem ajudar na prevenção desse quadro, mediante a explicação de fatores de risco, como a migração irregular e o frequente processo de abordagem das vítimas, por meio de publicidade e campanhas de engajamento no âmbito informacional, a fim de que com mais informações os cidadãos possam se prevenir e reconhecer situações de perigo, pois com instrução haverá minimização desses casos e do ultraje aos direitos humanos. Outrossim, as companhias áreas e a Secretaria de Segurança Pública deve treinar aeromoças e guardas de divisa, para que saibam reconhecer situações de tráfico humano, mediante ações duvidosas, com a finalidade de intervir e ajudar a salvar vidas. Só assim, os indivíduos não apenas viverão, mas viverão bem.