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Enviada em: 27/04/2018

Na Idade Média, civilizações como as gregas e romanas praticavam o tráfico de pessoas através dos prisioneiros de guerra que eram mantidos como escravos. Hodiernamente, o problema ainda persiste e, por ser uma atividade rentável, cresce de forma alarmante no mundo globalizado. Nesse contexto, há dois fatores que devem ser levados em consideração no que tange ao problema: a falta de informação da população quanto ao assunto e as punições brandas.             Em uma primeira análise, é válido salientar que o comércio de vidas desrespeita o preceito da dignidade humana presente na Declaração Universal dos Direitos Humanos e, por movimentar cerca de 32 bilhões de dólares por ano, atrai aliciadores em diversos países. Tal situação faz com que inúmeras pessoas sejam enganadas com falsas promessas de emprego e, consequentemente melhores condições de vida, sendo levadas para viverem em situações análogas a escravidão. É inegável que o pouco acesso da população aos dados e alertas a respeito da existência preponderante do problema, contribui ainda mais para a sua concretização.           Outro aspecto a ser considerado representa a ineficiência da legislação, visto que as leis existentes sobre o assunto não são efetivadas na prática. Segundo dados divulgados pela Secretaria Nacional de Justiça, existem apenas 36 indivíduos cumprindo a pena - que varia entre 3 e 8 anos, menor que a estabelecida pelo tráfico de drogas e armas - pelo crime, mesmo ele ocorrendo no mundo todo diariamente. Dessa forma, fica evidente que a cooperação internacional e o aumento da punição devem ser priorizados diante da gravidade da problemática.                  A fim de se reverter esse cenário preocupante, portanto, é pertinente a atuação do Poder Executivo, juntamente com a Mídia, no reforço da lei com o apoio dos diversos países, investindo em penas mais eficientes para os infratores, além contratação de mais funcionários para a investigação dos crimes e também para garantir o seu cumprimento. Soma- se a isso a criação de campanhas em todos os meios de comunicação que tragam informações sobre o quão presente está o problema da vida das pessoas, divulgando também dados e medidas de proteção. Espera-se que assim, os princípios presentes na  Declaração dos Direitos possam ser validados.