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Enviada em: 30/04/2018

A Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel a pouco mais de um século, tornava finalmente o Brasil um país livre de escravos. Teria o problema da escravidão acabado? Na atualidade, é notório que ainda sobraram resquícios de uma passado escravocrata e que culminou para o tráfico de seres humanos para fins de escravidão sexual, profissional e para o comércio de órgãos. Nesse sentido, há dois fatores que devem ser levados em consideração no que tange a essa problemática, a divulgação ineficiente do crime e a escassez da mão de obra fiscalizadora do tráfico humano.       Em primeiro plano, é válido salientar que a falta de divulgação sobre a venda ilegal de seres humanos acaba fazendo cada vez mais vítimas. São atraídas pessoas, em especial mulheres, segundo a Organização das Nações Unidas - ONU, em situação de vulnerabilidade sociail, com falta de acesso a educação e condições adequadas de sobrevivência. Tais indivíduos, acreditam em falsas promessas de trabalho, melhores condições de vida e acabam viajando para outros países, ficando a mercê da própria sorte.       Outro aspecto a ser considerado, é a falta de fiscalização para auxiliar no combate à escravidão. Em 2016, a Coordenadoria de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas sofreu com a redução de custos e profissionais. As ONGs parceiras da coordenadoria e auxiliam no resgate e atendimento às vítimas, queixam-se da falta de campanhas eficazes para que a revitimização seja evitada.       Desse modo, fica claro que medidas são necessárias para resolver a problemática abordada. É dever do Governo, juntamente com a Organização Internacional do Trabalho em conjunto com a mídia, criar campanhas com o intúito de propagar informações a respeito do perigo de viagens que podem culminar no tráfico humano. Ademais, o Governo deve apoiar as ONGs para que possam ser realizados debates dessa temática nas comunidades carentes, minimizando ainda mais o problema.