Materiais:
Enviada em: 28/04/2018

Viagem sem volta        Exploração sexual, mão de obra escrava e uma linda promessa de mudar de vida. O tráfico de pessoas é um tema pouco discutido, seja na mídia, nas redes sociais, ou em nossa sociedade como um todo. Porém, nos últimos anos, números alarmantes - de pessoas que foram transportadas para essa finalidade - chamaram a atenção das autoridades. Nesse contexto, não há dúvidas de que devemos lutar contra o tráfico de seres humanos.        Hodiernamente, um dos maiores sonhos dos brasileiros é morar no exterior. Ademais, redes sociais se tornam um facilitador para que esse desejo não continue sendo utópico. Contudo, o que à primeira vista aparenta ser uma possível melhora de vida, pode se tornar um pesadelo. Muitas vezes, os responsáveis por atrair, transportar e alojar essas pessoas - para fins de exploração - agem por intermédio de grupos, no Facebook, oferecendo emprego ou até mesmo a possibilidade de conseguir um visto de permanência.        Certamente a impunidade de quem realiza esse ato criminoso contribui para que o mesmo seja mascarado como turismo ou oportunidade de trabalho, sem que haja desconfiança de sua legitimidade. Tanto é verdade que os números mostram a quantidade anual absurda de pessoas que entram nesse esquema clandestino como ovelhas prestes à ir para o abate. Como dizia o filósofo e pensador John Locke: "Onde não há lei, não há liberdade". Sendo assim, é dever do Estado prezar pela autonomia do indivíduo.         Em suma, não há dúvida de que o governo, em conjunto com a Polícia Federal, deve intervir nessa causa promovendo investigações a fim de rastrear e capturar os responsáveis por essas ações de crueldade contra pessoas potencialmente vulneráveis. Por outro lado, o Ministério dos Direitos Humanos, concomitantemente, deve elaborar campanhas com a finalidade de informar e alertar a sociedade do perigo iminente.