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Enviada em: 27/04/2018

No ano de 2017, com a realização de um novo projeto, a rede social Instagram aderiu a sua plataforma os “Stories” – recurso para compartilhamentos de fotos e vídeos em tempo real. Com efeito, milhões de usuários começaram a postar tudo o que vinham fazendo na sua realidade, mostrando os lugares frequentados e a rotina diária. No Entanto, além da visualização para os amigos, essa ferramenta fica disponível para o acompanhamento de desconhecidos. Desse modo, uma nova possibilidade para o tráfico de pessoas tornou-se presente. À vista disso, há dois fatores não devem ser negligenciados, como os riscos da exposição nos meios virtuais e a insegurança do mundo moderno.       Em primeiro lugar, é importante destacar que, segundo o Instituto Mulheres do Amapá, a internet é um dos principais meios do tráfico humano. Isso decorre, entre outros fatores, da facilidade da exibição de perfis e notícias falsas que não passam por filtros de seleção nas redes sociais. Dessa forma, com a sociabilidade virtual refletindo a realidade dos indivíduos e o meio cibernético contribuindo pela insegurança dos sistemas, grupos menos atentos, como crianças e adolescentes, ficam expostos à visão de criminosos. Consoante a esse fato, Jean Paul Sartre atribui que o ser humano é um ser livre, entretanto, a ilicitude observada vem condenando a liberdade determinada pelo filósofo. Com isso, é imperativa a preocupação global em relação a esse impasse, uma vez que, além das oportunidades presenciadas, o tráfico de pessoas ocupa a terceira posição nas atividades ilegais mais lucrativas.       Ademais, é cabível enfatizar que, de acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o tráfico de pessoas obstrui diversos direitos assegurados. Nesse viés, são observados a quebra da legislação com atos relacionados à exploração sexual, ao trabalho escravo e comércio ilegal de órgãos. Diante disso, conforme a obra "Rim por rim" do jornalista Júlio Aldemir, o tráfico humano é existente em bairros sem infraestrutura do Brasil para a comercialização ilegais de órgãos e, devido a esse acontecimento, é pouco evidenciado nos meios de comunicação. Sendo assim, é imprescindível ressaltar que as gestões dos países devem estar planejadas para a resolução desse problema, visto que, muitas vezes, esse crime é omitido na sociedade.         Logo, é fundamental combater o tráfico humano na atualidade. Nessa perspectiva, é crucial que o Ministério da Tecnologia, Inovações e Comunicações estabeleça uma conjuntura com as redes sociais, como o Facebook, Instagram e Whatsapp, para que se possa dirimir a circulação de perfis e notícias falsas. Isso poderá ser feito através da adição de filtros e programas que analisam e excluem ações que não estão de acordo com os regulamentos dos sites. Essa ação terá como fito a diminuição do uso do meio cibernético como forma de propagação do crime e a melhoria da segurança dos internautas.